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Japonês refém do EI estaria morto, traz vídeo

17:15 | 24/01/2015
Autoridades do Japão ainda tentam confirmar autenticidade de imagem e áudio, no qual o segundo refém pede libertação de uma terrorista na Jordânia em troca de sua liberdade. Tóquio descarta pagamento de resgate. O primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, apelou neste sábado (24/01) pela libertação imediata do jornalista japonês Kenji Goto, sequestrado pelos radicais do "Estado Islâmico", após a divulgação de um vídeo e um áudio revelando a suposta execução do outro refém japonês, Haruna Yukawa. Tóquio ainda não conseguiu confirmar a autenticidade nem do vídeo postado no You Tube neste sábado, que supostamente traz uma imagem de Goto de camiseta laranja e segurando uma foto do que seria o corpo decapitado de Yukawa, nem do áudio, no qual uma voz identificada como a do jornalista refém afirma, em inglês, que o compatriota estaria morto. O refém diz ainda que os jihadistas só irão libertá-lo em troca da liberação da militante radical iraquiana Sajida Rishwai, ligada ao Al-Qaeda. Detida na Jordânia, ela iria atuar como uma mulher-bomba em um atentando em 2005, quando foi descoberta. No início da semana, os jihadistas haviam dado um prazo de 72 horas, que expirou na sexta-feira passada, para que o governo japonês pagasse um resgate de 200 milhões de dólares pela libertação dos reféns. Tóquio descartou o pagamento do resgate. "Isso é ultrajante, um ato de violência imperdoável", disse Abe a repórteres após um encontro emergencial marcado com seus ministros da Defesa e do Exterior. Ele reiterou que Tóquio não vai se curvar diante do terrorismo. "Estamos fazendo uso de todos os canais diplomáticos possíveis, de todos os meios, para obter a libertação dele." Haruna Yukawa foi sequestrado por radicais islâmicos em agosto passado na Síria, para onde teria viajado com o intuito de, segundo ele, abrir uma empresa de segurança. Experiente repórter de guerra, Kenji Goto teria ido à Síria para garantir a libertação de Yukawa, segundo amigos. Agências de inteligência dos Estados Unidos também tentam confirmar a autenticidade da gravação, segundo informou o Conselho Nacional de Segurança. Caso isso aconteça, esta será a primeira vez que o EI anuncia a morte de um refém por meio de áudio, e não de imagem. MSB/rtr/dpa
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