Jornalistas são presos na Turquia acusados de envolvimento com oposição
Este foi o mais recente ato de repressão sobre o movimento. O governo alega que os detidos são suspeitos de "usar intimidação e ameaças" para tentar tomar o controle do país. Ainda segundo o governo, o movimento liderado por Gulen orquestra um plano para tentar derrubar o presidente. O clérigo, exilado nos Estados Unidos, nega as acusações. Durante um discurso neste sábado, Erdoga prometeu "derrubar a rede de traição e fazê-lo pagar".
A chefe de Relações Exteriores da União Europeia, Federica Mogherini, e o Comissário para Política Europeia de Vizinhança, Johannes Hahn, consideraram as prisões "incompatíveis com a liberdade de imprensa, que é um principio fundamental da democracia". Eles sugeriram ainda que a questão poderia refletir sobre a candidatura de adesão da Turquia à UE.
Em Washington, o porta-voz do Departamento de Estado dos EUA emitiu um comunicado expressando sua preocupação com o ocorrido. "Como amigo e aliado da Turquia, instamos as autoridades turcas a assegurar que suas ações não violem esses valores fundamentais e as próprias bases democráticas da Turquia".
Centenas de manifestantes turcos se reuniram em frente à sede do jornal Zaman para protestar contra as prisões dos jornalistas e exigindo a liberdade de imprensa no país. Associações de jornalismo da Turquia também denunciaram a ação do governo. A organização internacional Human Rights Watch afirmou que as detenções parecem "outra tentativa de reprimir criticas da mídia".
No início deste ano, vários policiais suspeitos de envolvimento com o movimento de Gulen também foram presos, acusados de realizar escutas ilegais. Parte da população da Turquia vê no movimento uma alternativa moderada às interpretações mais radicais do Islã. Fonte: Associated Press.
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