
É a primeira vez que um membro da família real espanhola vai a julgamento. Infanta Cristina é acusada de colaboração nos delitos fiscais do marido no chamado Caso Nóos.
A infanta Cristina de Borbón, uma das irmãs do rei Felipe 6º de Espanha, será levada a julgamento por suposta colaboração nos delitos fiscais cometidos pelo marido, Iñaki Urdangarin. Esta será a primeira vez que um membro da família real espanhola sentará no banco dos réus.
O juiz instrutor do caso, José Castro, decretou nesta segunda-feira (22/12) a abertura do processo do chamado Caso Nóos e incluiu Cristina entre os acusados, ignorando assim o pedido da promotoria, que argumentara que não haveria indícios para acusá-la.
As acusações contra a infanta fazem parte de uma investigação sobre os negócios do marido, ex-jogador olímpico de handebol, acusado de malversação de fundos públicos por meio do Instituto Nóos, uma organização sem fins lucrativos.
O juiz fixou para Cristina uma fiança por responsabilidade pecuniária de 2,6 milhões de euros. Ela se sentará no banco dos réus ao lado de mais 16 pessoas, entre elas o marido, para quem a promotoria pede quase 20 anos de prisão. A fiança do marido foi fixada em quase 15 milhões de euros.
As investigações começaram há quatro anos, com o objetivo de esclarecer a suposta malversação de 6 milhões de euros de recursos públicos por meio do Instituto Nóos, entidade destinada à promoção do esporte.
AS/dpa/rtr/ap
Dúvidas, Críticas e Sugestões? Fale com a gente