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Hong Kong: ativistas têm até 5ª para desmontar acampamento

14:00 | Dez. 09, 2014
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Tipo Notícia
A polícia advertiu os ativistas, que pedem mais democracia em Hong Kong, que eles têm até quinta-feira para deixar o amplo acampamento de protesto que bloqueia o tráfego numa importante via do centro financeiro chinês há mais de dois meses.

Uma ordem judicial autoriza a remoção das barricadas, barracas e outras obstruções do principal acampamento dos manifestantes, instalado no distrito de Admiralty, no centro da cidade, o que abre o caminho para um último confronto entre polícia e ativistas.

O porta-voz policial Cheung Tak-keung pediu aos manifestantes na noite de terça-feira que comecem a arrumar suas coisas logo, porque não terão tempo suficiente até quinta-feira. Funcionários públicos devem iniciar a limpeza a partir das 9h (horário local) de quinta-feira, afirmou Paul Tse, advogado da empresa de ônibus que pediu a liminar para a remoção dos ativistas.

A ordem judicial, publicada em jornais e entregue por oficiais de justiça na terça-feira no acampamento, autoriza os funcionários do Judiciário a pedir ajuda da polícia para liberar a área "quando necessário". A ação engloba três sessões do acampamento em Admiralty, mas Cheung disse que depois de as forças de segurança ajudarem a limpar estas áreas, também serão removidas obstruções de outras ruas próximas.

Segundo ele, a polícia também vai desmontar a barricadas de um outro acampamento menor, instalado no distrito de Causeway Bay, que não é coberto pela ordem judicial, mas que isso vai acontecer "no tempo apropriado". Ele não especificou quando isso vai acontecer.

Ao falar sobre informações a respeito dos planos dos manifestantes de resistir à retirada, Cheung afirmou que qualquer um que se recuse a deixar o local ou obstruir o trabalho de limpeza será detido. Cerca de 7 mil policiais serão destacados para a operação, informou a emissora local RTHK.

Os manifestantes, liderados por estudantes, vinham ocupando três acampamentos de protestos para pressionar a adoção de medida democráticas, mas as autoridades fecharam um deles no bairro de Mong Kok no mês passado, usando uma outra ordem judicial. A agressiva operação policial deu início a várias noites de violentos confrontos nas ruas do bairro, resultando em cerca de 160 prisões.

O grupo liderou uma fracassada tentativa de cercar o complexo onde está instalada a sede do governo, ação que resultou uma noite de violentos confrontos. Os manifestantes querem que qualquer pessoa possa se candidatar ao cargo de executivo-chefe do território, nas primeiras eleições diretas para o posto, marcadas para 2017. Pequim exige que os candidatos sejam avaliados e aprovados previamente. Fonte: Associated Press.

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