Governo colombiano rejeita condições de trégua anunciadas pelas Farc
De acordo com Santos, tais verificações teriam de esperar até que seja alcançado um acordo para encerrar mais de 50 anos de hostilidades. Por outro lado, o presidente afirmou que "valoriza" o gesto dos rebeldes com uma forma de começar a desfazer o conflito que ainda mata centenas de civis todos os anos e é sustentado pelo contrabando de cocaína e por outras atividades criminosas. Santos disse ainda que vai continuar a cumprir o seu dever constitucional de proteger e garantir a segurança de todos os colombianos.
Não está claro o efeito da resposta do governo sob o cessar-fogo, que de acordo com o comunicado feito na quarta-feira pelas Farc, se inicia na meia noite de sábado. O grupo guerrilheiro afirmou que iria colocar as armas de lado por um período ilimitado para reforçar as conversações de paz realizadas em Cuba durante os últimos dois anos. A guerrilha, entretanto, alertou que encerraria a trégua caso suas unidades sejam atacas por forças do governo colombiano, apoiadas pelos Estados Unidos.
Embora as Farc tenham declarado um cessar-fogo temporário antes, essa é a primeira vez que eles oferecem uma trégua por tempo indefinido em todo o país desde os anos 1980. O gesto vem no momento em que ambos os lados lutam para refazer seu compromisso com as negociações prejudicadas após o sequestro no mês passado de um general do exército colombiano.
Os dois lados já chegaram a acordos sobre a reforma agrária, participação política das Farc e como combater conjuntamente drogas ilícitas. Mas alguns dos temas mais espinhosos continuam por resolver, incluindo a como as FARC iria depor as armas e se comandantes enfrentariam processos judiciais por tráfico de drogas e outros crimes. Fonte: Associated Press.
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