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Afeganistão: 35 anos de um conflito ainda sem solução

13:30 | Dez. 28, 2014
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A questão afegã continua sem solução com a oficialização da saída das tropas de combate da Otan e depois de 35 anos de conflito.  Principais datas do Afeganistão desde a invasão soviética de 1979:

Em dezembro de 1979, Moscou desloca o front da Guerra Fria invadindo este país pobre, remoto e montanhoso da Ásia central para mantê-lo sob a influência comunista. A resistência afegã, apoiada pelo Ocidente, em particular pelos Estados Unidos, enfrenta o Exército Vermelho, que acaba saindo do país em 1989.

Em 1992, a queda do governo comunista do presidente Najibullah dá lugar a uma sangrenta guerra civil entre facções afegãs que deixa, em dois anos, cerca de 100 mil mortos e destrói parte da capital, Cabul. A partir de 1994, surgem no sul do país os talibãs, combatentes islamitas fundamentalistas apoiados pelo Paquistão.

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Os talibãs tomam o poder em Cabul e instauram um regime fundado na interpretação rigorosa da lei islâmica, que proíbe, entre outras coisas, a educação e o trabalho das mulheres, além de obrigá-las a se cobrir por completo fora de suas casas. Sancionado pela ONU, o regime talibã liderado pelo Mulá Omar se alia à Al-Qaeda e acolhe seu chefe, Osama Bin Laden.

Os Estados Unidos lideram a operação de represália pelos atentados de 11 de setembro orquestrados pela Al-Qaeda. Washington e seus aliados da Otan expulsam os talibãs, instauram no poder Hamid Karzai, injetam bilhões de dólares em ajuda para reconstruir o país e mobilizam até 150 mil soldados para ajudar o governo afegão a garantir a segurança. Os talibãs se escondem e se abrigam em países vizinhos, em particular no Paquistão, antes de lançarem a rebelião contra Cabul e a Otan.

A força de combate da Otan (Isaf) conclui sua missão após 13 anos de conflito no Afeganistão, com um balanço amargo devido à intensa insurreição dos talibãs. A Otan permanece no Afeganistão em 2015 com a missão "Apoio Decidido", que começa no dia 1º de janeiro. No entanto, os talibãs advertiram ao novo presidente, Ashraf Ghani, ativo no cargo desde setembro, que não participarão de negociações de paz enquanto soldados estrangeiros continuarem no Afeganistão.


AFP

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