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Polícia do México prende ex-prefeito acusado por desaparecimento de estudantes

13:23 | Nov. 04, 2014
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José Luis Abarca e esposa estavam foragidos há mais de um mês. Casal é considerado pelos investigadores peça-chave no desaparecimento de 43 alunos de uma escola de magistério no sul do país. A polícia mexicana prendeu nesta terça-feira (04/11) o ex-prefeito da cidade mexicana de Iguala, José Luis Abarca, e sua mulher, María de los Ángeles Pineda, numa casa na Cidade do México. Figuras-chave no desaparecimento de 43 estudantes de uma escola de formação de professores no sul México, ambos estavam foragidos há mais de um mês. O sumiço dos jovens tem abalado o país e provocou protestos e questionamentos, também internacionais, sobre a estratégia de segurança do governo mexicano no combate ao crime organizado. De acordo com as investigações, Abarca, de 53 anos, foi quem ordenou a captura dos estudantes, para impedir que interferissem num evento organizado por sua mulher. Pineda, por sua vez, é acusada de integrar o grupo criminoso ligado ao narcotráfico Guerreros Unidos, ao qual os estudantes teriam sido entregues pela polícia municipal, após serem presos numa ação policial que provocou seis mortos e deixou 25 feridos. De acordo com a televisão local, o casal havia alugado uma casa na capital mexicana, onde se mantinha escondido desde que se desapareceu, cinco dias depois do ataque contra os estudantes. Colaboração entre autoridades e criminosos A desaparição dos alunos de magistério ocorreu em 26 de setembro em Iguala, localidade de 140 mil habitantes, situada 200 quilômetros ao sul da Cidade do México. Os estudantes foram presos e levados pela polícia após terem se apoderado de vários ônibus durante protesto. No decorrer das investigações sobre o sumiço, foram achados 38 cadáveres não identificados, enterrados em valas clandestinas perto de Iguala. Contudo, os primeiros exames de DNA descartaram que os corpos sejam dos jovens desaparecidos. Segundo investigadores, na região onde os jovens desapareceram, políticos locais e policiais corruptos frequentemente colaboram com grupos criminosos. Entre os mais de 50 suspeitos detidos até agora no caso, cerca de 40 deles são policiais. Quatro dos presos confessaram no final de outubro ter estado envolvidos no sumiço dos jovens. MD/dpa/afp/rtr

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