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"Estado Islâmico" divulga decapitação de mais um americano

16:27 | Nov. 16, 2014
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Quinta vítima ocidental executada por jihadistas seria o ex-soldado Peter Kassig, 26 anos. Autenticidade do vídeo, porém, ainda deve ser confirmada. Mortes ocorrem em retaliação a ataques na Síria e Iraque. Os extremistas do "Estado Islâmico" (EI) reivindicam a decapitação do americano Peter Kassig, ajudante humanitário raptado na Síria em 2013, e de pelo menos outros quinze homens apresentados como soldados sírios em um vídeo divulgado neste domingo (16/11). O Conselho Nacional de Segurança dos Estados Unidos ainda não confirmou a autenticidade do material, mas uma fonte em Washington teria confirmado ao jornal The New York Times que o vídeo é verdadeiro apesar de não ter sido produzido de maneira profissional como os divulgados até agora. As imagens, feitas de maneira amadora, mostram os jihadistas e os reféns caminhando aos pares e, em seguida, as vítimas sendo atiradas ao chão e decapitadas. O vídeo mostra ainda um homem mascarado com sotaque britânico ao lado de uma cabeça decapitada, a qual ele afirma ser de Kassig. Ele associa a execução ao envio de conselheiros dos EUA para ajudar tropas iraquianas na guerra contra o EI. Acredita-se que o extremista que anuncia a morte do refém americano seja "Jihad John", o mesmo que decapitou os jornalistas também americanos James Foley e Steven Sotloff há algumas semanas. Nos últimos quatro meses, os jihadistas executaram quatro ocidentais os dois americanos e outros dois britânicos, Alan Henning e David Haines. Kassig seria, então, o quinto da lista. Os terroristas já tinham ameaçado matar Kassig em um vídeo divulgado no dia 3 de outubro, no qual eles mostram decapitação de Alan Henning em retaliação aos ataques aéreos coordenados pelos EUA em áreas ocupadas pelo EI na Síria e no Iraque. Convertido ao islã Kassig, 26 anos, serviu como soldado no Iraque antes de se converter ao Islamismo e fundar a organização humanitária "Resposta e Assistência Especial de Emergência", em 2012, na Turquia. O grupo distribui alimentos e medicamentos a refugiados e oferece treinamento de primeiros socorros a civis na Síria. Segundo a família de Kassig, que adotou o nome islâmico Abdul-Rahman, o rapaz foi sequestrado no dia 1 de outubro do ano passado a bordo de uma ambulância que seguia para a cidade síria de Deir al-Zor, no leste do país, para uma entrega de remédios. Acusado pela ONU de crimes contra a humanidade, o EI é responsável por terríveis atrocidades nas vastas regiões conquistadas na Síria e no Iraque, incluindo execuções, sequestros, estupros e limpeza étnica. MSB/rtr/lusa/ap

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