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Alemanha enfrenta maior greve de trens em duas décadas

07:31 | Nov. 06, 2014
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Paralisação programada para durar até segunda pode complicar vida de quem planeja ir a Berlim para celebrações dos 25 anos da queda do Muro. Companhia ferroviária entra com recurso judicial contra sindicato. Maquinistas alemães ampliaram nesta quinta-feira (06/11) para os serviços de passageiros de trem uma greve sem precedentes no sistema ferroviário da Alemanha, causando grandes perturbações em todo o país. A paralisação, a sexta convocada pelo sindicato GDL desde setembro, começou na quarta-feira, afetando serviços de carga, chegando aos trens de passageiros nesta quinta. Ela está prevista para continuar até as 4h de segunda-feira. Políticos e representantes da indústria temem que o impacto da greve, a mais longa em 20 anos de história da Deutsche Bahn, afete as celebrações neste fim de semana do 25º aniversário da queda do Muro de Berlim. A chanceler federal alemã, Angela Merkel, tem insistido que o direito de greve deve ser exercido "de forma responsável" e "com senso de proporção". Ela apelou para que as partes encontrem rapidamente um acordo. Convocada pelo Sindicato dos Maquinistas Alemães (GDL), a greve afetou trens de longa distância e serviços ferroviários regionais, além das redes de trens urbanos. Recurso judicial A operadora ferroviária alemã Deutsche Bahn disse que a greve causou "enormes distúrbios", mas que a companhia está empenhada em garantir que um terço dos serviços de transporte regionais continue funcionando. Na noite de quarta-feira, o GDL rejeitou uma oferta de acordo da Deutsche Bahn. A GDL acusa a estatal de emperrar as negociações sobre reivindicações do sindicato, que pede um aumento salarial de 5% e uma semana de trabalho mais curta, de 37 horas. A empresa ferroviária alemã anunciou nesta quinta-feira, horas depois do início da paralisação, que está recorrendo judicialmente contra a greve, acusando o GDL de ter rejeitado sua proposta "aparentemente sem realizar uma análise séria". Na manhã desta quinta-feira, cerca de 30% dos trens regionais e urbanos continuavam funcionando no oeste e norte do país, cerca de 40% no sul e entre 15% e 30% no leste, segundo a empresa. MD/afp/dpa

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