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Médicos sem Fronteiras recusam dinheiro e pedem envio de pessoal

A organização diz que as limitações logísticas impedem o aumento da ajuda em países como a Libéria, Serra Leoa ou a Guiné-Conacri, os três mais afetados
08:19 | Out. 02, 2014
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A organização Médicos Sem Fronteira (MSF) recusou o dinheiro doado pelo governo australiano e apelou às autoridades para que enviem pessoal de saúde à África Ocidental para combater o ebola.

“A MSF simplesmente não tem capacidade para fazer o trabalho sozinha. Estamos recusando gente nas nossas clínicas, que operam há semanas acima da sua capacidade”, informou a organização em comunicado divulgado nesta quinta-feira, 2, pela imprensa local.

O governo de Canberra ofereceu aos Médicos Sem Fronteiras verba de US$ 2,2 milhões, mas a organização não governamental pediu apoio de pessoal, por considerar que poderia ter “um impacto muito significativo” nos esforços de combate à doença.

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“Até uma dúzia de pessoas capacitadas - que possam supervisionar as equipes locais na gestão do centro de isolamento, ajudar na detecção de casos e em medidas de controle do surto - poderiam salvar milhares de vidas”, acrescentou a MSF.

A organização diz que as limitações logísticas impedem o aumento da ajuda em países como a Libéria, Serra Leoa ou a Guiné-Conacri, os três mais afetados.

“A Austrália deve parar de dar desculpas para se unir na luta contra o ebola (…). Países como a Austrália, com capacidade para fazer a diferença, estão olhando para o lado, para evitar responsabilidade, e recusam-se a enviar o próprio pessoal para ajudar”, diz a MSF em comunicado.

Em seis meses, o número de mortos em consequência do ebola, sobretudo na África Ocidental, já ultrapassou os 3 mil, ou seja, cerca de metade dos 6.500 casos registrados, segundo a Organização Mundial da Saúde.

Agência Brasil

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