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Magnata é expulso de conselho após criticar Hong Kong

09:30 | Out. 29, 2014
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Um político e magnata de Hong Kong foi expulso do órgão consultivo do governo chinês nesta quarta-feira após expressar dúvidas sobre um líder apoiado por Pequim para a província semiautônoma. A declaração foi feita em meio a negociações do governo central com líderes estudantis que ocupam ruas do centro financeiro da cidade há um mês.

O presidente da Manhattan Holdings, James Tien disse que aceita a decisão do Executivo de expulsá-lo. Tien disse há menos de uma semana em entrevista a uma rádio local, que o líder de Hong Kong, Leung Chun-ying, deve considerar renunciar ao governo por ter realizado um mau trabalho governando a cidade.

Após a decisão de Pequim, Tien, que é um congressista de Hong Kong, anunciou sua renúncia do comando do Partido Liberal, que tem posicionamento político pró-governo central. Suas críticas são incomuns para um membro das classes abastadas de Hong Kong, que geralmente seguem em linha com as decisões da China.

A expulsão é sinal de que Leung ainda possui apoio total de Pequim, apesar de seus níveis de aprovação terem declinado nas última semanas. O líder também não tem conseguido lidar de forma efetiva com os protestos estudantis democráticos que ocupam três importantes áreas da cidade há um mês.

Membros do conselho que Tien integrava afirmaram que a decisão não foi tomada devido às discordâncias do executivo a Leung, mas pelo fato de que ele decidiu externá-las - algo que vai de encontro com o regimento do grupo. "Isso foi algo que fiz de modo incorreto", concordou Tien, acrescentando que ainda acredita que Hong Kong passa por grandes problemas de governança e que Leung deveria negociar com os estudantes.

Essa não é a primeira vez que Tien se opõe aos desejos de Pequim. Em 2003, ele negou apoio a uma legislação proposta por Hong Kong que acabou sendo engavetada. O objetivo da lei era limitar atividades políticas desfavoráveis à China. Fonte: Associated Press.

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