UE decide adotar novas sanções contra a Rússia
A principal sanção é restringir o acesso aos mercados de capitais por parte de empresas estatais russas de energia e de defesa, segundo vários diplomatas ouvidos. Além disso, a UE vai limitar ainda mais as exportações de bens que são úteis a civis e militares. Há também a proibição de viagens e congelamento de bens de 24 novas pessoas que estão diretamente ligadas aos rebeldes, lista da qual fazem parte algumas autoridades russas, segundo o presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy.
A Rússia já avisou que vai reagir às medidas, como fez no mês passado, quando suspendeu por um ano as importações de alimentos da UE e dos Estados Unidos depois de ter sofrido as primeiras sanções em julho. Para o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barroso, as novas medidas "dão condições à UE de dar respostas efetivas em um curto prazo". "Elas também vão reforçar o principal interesse do bloco: interromper as intervenções russas na Ucrânia", disse.
Nesta sexta-feira, vários líderes da UE que participam de encontro da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), no País de Gales, anteciparam que o bloco iria continuar com as sanções, mesmo com a confirmação do cessar-fogo na Ucrânia. No entanto, eles afirmaram que as novas restrições podem ficar piores se houver evidência clara de que os russos não estão cumprindo o acordo.
Para isso, será feito um monitoramento permanente na fronteira entre a Rússia e a Ucrânia, com o objetivo de garantir a retirada dos grupos armados ilegais da Ucrânia e das forças russas que operam ilegalmente em território ucraniano.
No encontro da Otan, o presidente dos EUA, Barack Obama, mostrou ceticismo em relação ao acordo entre a Ucrânia e separatistas. Para ele, a maneira mais efetiva de garantir a aplicação do cessar-fogo é seguindo em frente com novas sanções, com o objetivo de pressionar a Rússia. O presidente dos EUA acredita que as primeiras sanções econômicas são responsáveis por fazer a Rússia negociar. (André Ítalo Rocha, com informações da Dow Jones Newswires e da Associated Press).
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