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Obama: "degradar e destruir o EI"

23:12 | Set. 10, 2014
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"Não irei hesitar em atacar o 'Estado Islâmico' na Síria". Presidente americano promete atacar jihadistas "aonde quer que estejam", mas garante que os EUA não vão enviar tropas terrestres, apenas a Força Aérea. Em discurso à nação americana nesta quarta-feira (10/09), o presidente dos EUA, Barack Obama, anunciou uma luta incansável contra o grupo extremista "Estado Islâmico" no Iraque e na Síria. "Esta campanha contra o terror será um compromisso sólido e inabalável, com o intuito único de destruir o EI aonde quer que estejam", disse Obama. "Os Estados Unidos vão liderar uma ampla coalizão para encurralar esta ameaça terrorista. O 'Estado Islâmico' não é islâmico, pois mata e aterroriza, e também não é um Estado", afirmou o presidente. Ele comparou a ação contra os jihadistas com as operações antiterroristas que Washington já realiza há anos no Iêmen e na Somália. Mas, além da campanha aérea no Iraque, Obama sinalizou que está preparado para iniciar uma missão militar na Síria. "Eu não irei hesitar em atacar o EI na Síria. Este é um princípio fundamental da minha presidência: se você ameaçar os Estados Unidos, você não vai encontrar refúgio seguro", garantiu o presidente, que também é o comandante-chefe das Forças Armadas do país. Obama disse ainda que vai pedir que o Congresso aprove assistência militar para treinar e equipar rebeldes moderados sírios, que estão lutando contra os militantes do EI. No entanto, Obama garantiu que não haverá tropas americanas em solo estrangeiro. "Usaremos nossa Força Aérea e, desta forma, apoiaremos as tropas terrestres de nações amigas. Nossos esforços serão diferentes dos que tivemos nas guerras no Iraque e no Afeganistão", completou o presidente. O presidente dos EUA anunciou ainda uma ajuda emergencial de 25 milhões de dólares para o governo iraquiano e autoridades curdas no norte do país, que estão combatendo a milícia do EI. A verba é destinada para o treinamento das forças iraquianas. Além disso, outros 475 soldados americanos se juntarão aos mais de mil soldados já presentes no Iraque. O discurso de Obama foi realizado justamente na noite anterior ao 11 de setembro, data na qual, em 2001, ocorreram os ataques terroristas contra os EUA, em Nova York e contra o Pentágono. Além disso, o presidente pode contar com o apoio da população, já que as decapitações dos jornalistas Steven Sotloff e James Foley ressuscitaram medos profundos de terrorismo nos americanos. Apoio do Oriente Médio Horas antes do discurso, a Casa Branca comunicou que Obama e o rei Abdallah da Arábia Saudita concordaram com a necessidade em reforçar o equipamento militar das forças sírias. "O presidente e o rei concordaram na necessidade de aumentar o treino e o envio de equipamento à oposição moderada síria, nos moldes da proposta que o presidente Obama fez ao Congresso dos Estados Unidos", disse a nota da Casa Branca. Nesta quinta-feira, Rei Abdullah 2º, da Jordânia, recebe a visita do secretário de Defesa dos EUA, John Kerry, que está em viagem pelo Oriente Médio, buscando possíveis parceiros na região para o combate contra os guerrilheiros do EI. Mais cedo, Kerry esteve reunido com o novo primeiro-ministro iraquiano, Haidar al-Abadi, e prometeu apoio americano ao Exército do Iraque. PV/lusa/afp/rtr/dpa/ap

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