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Ministro russo critica duramente Ocidente em Assembleia Geral da ONU

19:35 | Set. 27, 2014
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Serguei Lavrov disse que Ucrânia é vítima da "política arrogante" ocidental e condenou sanções contra Moscou. Pouco antes, ministro alemão do Exterior havia criticado violação de leis internacionais por parte do Kremlin. O ministro russo do Exterior, Serguei Lavrov, atacou duramente o Ocidente e a Otan neste sábado (27/09), acusando-os de serem incapazes de mudar seu "código genético" da Guerra Fria e afirmando que os Estados Unidos precisam abandonar sua pretensão de "singularidade eterna". Diante da Assembleia Geral da ONU, em Nova York, Lavrov afirmou que a crise na Ucrânia é resultado de um golpe de Estado no país, apoiado pelos EUA e pela União Europeia (UE), com o propósito de afastar Kiev de seu "papel orgânico" de elo entre Leste e Oeste e negando ao país a oportunidade de se manter num status neutro, fora de blocos. "UE e Otan colocam-se como guardiães da democracia e mentem apenas para si mesmos", afirmou o chanceler. "A Ucrânia é vítima dessa política arrogante dos Estados Unidos e da União Europeia", completou, acusando americanos e europeus de querer obter o controle de uma maior área geopolítica. O ministro afirmou que a anexação da Península da Crimeia, meses atrás, foi feita com base na escolha de grande parte da população local, de língua russa. Ele ainda condenou as sanções impostas pelos EUA, pela UE e por outros países a Moscou. Sem alternativa Lavrov discursou logo após o ministro alemão do Exterior, Frank-Walter Steinmeier, que havia ressaltado que a Rússia, ao forçar o deslocamento de fronteiras, não deixou outra alternativa aos países ocidentais. "Precisamos nos opor a esses sinais perigosos. Não podemos permitir que o poder das leis internacionais seja enfraquecido". Ele afirmou que a Ucrânia agora precisa assegurar um cessar-fogo duradouro e uma solução política para o conflito interno. Steimeier ainda alertou as Nações Unidas sobre o perigo de uma volta aos tempos da Guerra Fria. O ministro alemão declarou que, dada a quantidade de conflitos, o mundo parece ter "saído dos trilhos" este ano. Diante de tantas crises, os países precisam assumir responsabilidades, afirmou o ministro. MSB/dpa/afp/ap

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