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Ataque suicida do Al-Shabab deixa 12 mortos na Somália

15:15 | Set. 08, 2014
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Pelo menos doze civis foram mortos nesta segunda-feira em um ataque suicida cujo alvo eram tropas da União Africana na região de Baixa Shabelle, na Somália. Foi o primeiro ataque grave dos extremistas islâmicos depois da morte do líder do grupo Al-Shabab em um ataque aéreo dos EUA na última semana, informaram autoridades locais. O ataque aconteceu perto do assentamento de Elasha Biyaha, informou o goverandor de Baixa Shabelle, Abdiqadir Mohamed.

Uma homem-bomba detonou seu carro carregado de explosivos perto de um comboio de forças da União Africana que se movia próximo a dois mini ônibus, disse o policial somali Hassan Ali. Em seguida, um segundo homem suicida bateu seu carro contra um comboio que escoltava o comandante da inteligência de Mogadiscio, Abdifatah Shaweye, que estava na área para inspecionar a cena da primeira explosão, disse Ali.

O grupo Al-Shabab reconheceu a responsabilidade pelo ataque em um anúncio na rádio.

O governo da Somália alertou no final de semana que havia a probabilidade de ataques após a morte de Ahmed Abdi Godane, confirmada pelos EUA na sexta-feira, após ataque aéreo realizado na segunda-feira. Instituições médicas e educacionais seriam possíveis alvos, afirmou o general Khalif Ahmed Ereg, ministro de Segurança da Somália, em discurso nas redes de televisão na sexta-feira.

Disparos de morteiros atingiram um bairro de Mogadiscio no domingo, uma dia depois de o Al-Shabad anunciar que nomearia um novo líder e decidir vingar a morte de Gonade.

Al-Shabab disse em um pronunciamento no final de semana que continua ligado à Al-Qaeda, segundo o grupo de inteligência SITE, que monitora informações de grupos militantes islâmicos na internet. "Vingar a morte de estudiosos e líderes é uma obrigação que está sobre nosso ombros e à qual nunca iremos renunciar ou esquecer, não importa quanto tempo isso leve", afirmou o pronunciamento do Al-Shabab, de acordo com o SITE.

Godane, também conhecido como Mukhtar Abu Zubeyr, era um líder espiritual do Al-Shabab e os EUA haviam oferecido uma recompensa de US$ 7 milhões por informações que levassem a sua prisão.

Tropas do governo da Somália lançaram recentemente uma ofensiva militar para expulsar militantes da Al-Shabab de suas últimas bases no sul do país, incluindo a cidade costeira de Barawe, onde militares dizem que o grupo extremista planeja seus ataques na Somália. Fonte: Associated Press.

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