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Trégua em Gaza é interrompida e 35 palestinos são mortos

09:00 | Ago. 01, 2014
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O funcionário do Ministério da Saúde de Gaza, Ashraf al-Kidra, afirmou que bombardeios israelenses mataram pelo menos 35 palestinos no sul do território, com o fim da trégua entre Hamas e Israel, que deveria durar 72 horas. O Exército de Israel disse que um de seus soldados pode ter sido sequestrado.

Al-Kidra disse à Associated Press que cerca de 200 palestinos ficaram feridos como resultado de um ataque israelense na sexta-feira na cidade de Rafah e nas proximidades. Segundo ele, o número de mortos pode aumentar, já que equipes de resgate continuam a procurar pessoas presas nos escombros de vários prédios de apartamentos atingidos por bombas. Al-Kidra não disse se as vítimas são civis ou militantes.

Israel e Hamas acusam-se mutuamente por interromper o cessar-fogo. Os confrontos foram retomados menos de duas horas depois do início da trégua.

Os três dias de cessar-fogo, anunciados pelos Estados Unidos e pela Organização das Nações Unidas (ONU) horas antes, começou às 8h (horário local, 2h em Brasília) desta sexta-feira, após pesados confrontos que mataram 17 palestinos e cinco soldados israelenses.

O Exército de Israel disse que militantes de Gaza dispararam oito foguetes e morteiros contra o território israelense desde o início do cessar-fogo começou. Um deles foi interceptado.

O objetivo da trégua era levar ajuda humanitária para a Faixa de Gaza e dar tempo aos palestinos para consertarem parte da infraestrutura danificada pelos confrontos.

O Exército israelense informou que um de seus soldados pode ter sido sequestrado, sem fornecer mais detalhes.

"Mais uma vez, o Hamas e as organizações terroristas em Gaza quebraram ostensivamente o cessar-fogo com o qual haviam se comprometido, desta vez perante o secretário de Estado norte-americano e o secretário-geral da ONU", disse o escritório do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, em comunicado, pouco depois do reinício dos combates.

Pelo menos quatro breves tréguas humanitárias foram anunciadas desde o início do conflito, em 8 de julho, mas cada uma delas foi interrompida poucas horas depois. O cessar-fogo desde sexta-feira foi o mais longo a ser anunciado até agora.

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