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Serviço secreto alemão ouviu telefonemas de Hillary Clinton e John Kerry

10:13 | Ago. 16, 2014
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Funcionários do governo alemão afirmam que audições aconteceram por acidente e que EUA não são alvo da espionagem alemã. Revista afirma que Turquia é espionada. O serviço secreto alemão BND (Departamento Federal de Informações) escutou pelo menos uma conversa telefônica da ex-secretária de Estado dos EUA Hillary Clinton e ao menos um telefonema do atual secretário, John Kerry, noticiou neste sábado (16/08) a imprensa alemã. O diário Süddeutsche Zeitung (SZ) e as estações públicas regionais de rádio e televisão NDR e WDR basearam-se em documentos fornecidos à CIA por um espião do BND. Trata-se do agente duplo detido pelo alemães em julho. Clinton estaria sobrevoando uma região de crise numa aeronave do governo americano. O BND estaria monitorando as comunicações na região e, assim, o telefonema de Clinton caiu na rede da espionagem alemã. Segundo a revista semanal Der Spiegel, ela teria conversado com o ex-secretário geral da ONU Kofin Annan no ano de 2012. Funcionários do governo alemão negaram que o BND espione de forma sistemática o governo dos EUA. Segundo eles, a escuta da conversa aconteceu por acaso, já que a aeronave estava passando pela região monitorada. A transcrição da conversa não foi, porém, logo destruída, como ordenada pelos chefes do BND, mas até mesmo lida por várias pessoas. O encarregado de destruir o papel era justamente o agente duplo do BND, que fez uma cópia do documento e a repassou aos EUA. No caso de Kerry, foi ouvida uma conversa telefônica do ano de 2013, feita por satélite. Também neste caso a audição teria acontecido por acaso, já que o telefonema caiu na rede de escuta dos alemães. A região monitorada no Oriente Médio, afirma a Spiegel. Ainda de acordo com a revista, o BND espiona há anos a Turquia, parceiro da Alemanha na Otan. Em um documento datado de 2009 e ainda válido, o governo federal teria feito um requerimento ao BND para que mantivesse a Turquia entre seus alvos de espionagem. Os EUA não constam da lista. Tensões diplomáticas As relações entre Berlim e Washington estão estremecidas depois das denúncias de espionagem por parte da Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos (NSA) a cidadãos e membros do governo alemão, incluindo também o monitoramento de conversas telefônicas da chanceler federal Angela Merkel. Em julho, a Alemanha havia detido um funcionário do BND que, segundo afirma a agência, teria confessado a venda de 218 documentos para os americanos. Em represália, o governo alemão ordenou que o chefe dos serviços de inteligência americano na Alemanha deixasse o país. RC/lusa/dpa/afp

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