Putin e Poroshenko se reúnem pela 1ª vez
Presidentes de Rússia e Ucrânia, porém, apresentam propostas diferentes para a crise no leste ucraniano. Lukashenko diz que ambas as partes estão comprometidas com o fim do conflito.
Os presidentes Vladimir Putin, da Rússia, e Petro Poroshenko, da Ucrânia, se reuniram na terça-feira (26/08) em Minsk, capital da Bielorrússia, para debater a crise na região.
A expectativa da comunidade internacional é que ambos consigam chegar a um acordo para pôr um fim ao combate entre Kiev e separatistas pró-Moscou no leste do território ucraniano.
É a primeira vez que os chefes de Estado dos dois países têm uma reunião bilateral desde que o ex-presidente ucraniano Viktor Yanukovytch, pró-Kremlin, foi destituído, em fevereiro.
Até a noite de terça-feira, no entanto, ainda não havia informações sobre como foi a reunião nem o que foi decidido.
Antes, durante uma reunião que contou com a presença da chefe de política externa da UE, Catherine Ashton, e dos líderes da Bielorrússia e do Cazaquistão, Putin e Poroshenko apresentaram caminhos diferentes para a paz.
Putin pediu a Poroshenko a não intensificação da ofensiva contra os rebeldes e ameaçou uma retaliação econômica pela assinatura de um acordo comercial da Ucrânia com a União Europeia.
Já o presidente ucraniano respondeu exigindo que a Rússia interrompa o envio de armas para os separatistas pró-Moscou no leste da Ucrânia.
Antes do encontro, o presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenko, disse que todos os participantes haviam concordado sobre a necessidade de resolver a crise.
"Todos nós queremos um avanço", disse Lukashenko a jornalistas em Minsk. "Mas apenas o fato de estarmos realizando uma reunião hoje já é um sucesso, sem dúvida As negociações foram difíceis. As posições de cada um dos lados são diferentes, às vezes fundamentalmente. Todos concordaram na necessidade de acalmar e libertar reféns."
De acordo com estimativas da ONU, pelo menos 2 mil civis foram mortos na Ucrânia desde o início da violência entre separatistas e forças do governo.
RM/ap/afp/rtr
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