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Iraque acusa Estado Islâmico pelo assassinato de 500 pessoas e sequestro de 300 mulheres

Os jihadistas forçaram a fuga de seus lares de cerca de 600 mil civis, pertencentes a minorias étnicas e religiosas do Norte do Iraque
09:55 | Ago. 11, 2014
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Integrantes do Estado Islâmico do Iraque assassinaram pelo menos 500 pessoas da minoria étnica Yazidi durante ofensiva no Norte do país, segundo confirmou o ministro dos Direitos Humanos do Iraque, Mohammed Shia Al Sudani, no último domingo, 10, à agência de notícias Reuters.

 Al Sudani denunciou que os jihadistas do Estado Islâmico enterraram algumas vítimas vivas, incluindo mulheres e crianças. Além disso, 300 mulheres foram sequestradas como escravas.

 Os jihadistas forçaram a fuga de seus lares de cerca de 600 mil civis, pertencentes a minorias étnicas e religiosas do Norte do Iraque, explicou o deputado iraquiano Henin Al Qedu, em Bagdad.

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 "Cerca de 150 mil membros do grupo étnico Shabak, 250 mil turcomanos e 200 mil yazidis foram forçados por grupos terroristas a se deslocarem", disse Al Qedu, deputado da província setentrional iraquiana de Nínive, em entrevista coletiva. Al Qedu assegurou que "as operações de assassinatos, saques e violações em geral continuam nas aldeias de maioria shabak, yazidi e cristãos em Sinyar".

 O parlamentar fez um apelo a autoridades para se mobilizarem rapidamente no sentido de aliviar o sofrimento dos refugiados, com operações militares contra as milícias jihadistas, para que os refugiadoas possam retornar para suas casas. "Os governos locais devem facilitar a passagem dos refugiados e ajudá-los, em vez de colocar obstáculos", disse Al Qedu.

 Sobre o assunto, o parlamentar considera que as autoridades de Bagdad e de outras províncias devem formar comitês para acolher e ajudar os refugiados. "Os governos de Bagdad e Erbil [capital da região do Curdistão] devem colaborar para liberar as zonas de Sahl Nínive, Sinyar, Bashiqa, Qaraqosh e Tel Afar para compensar os afetados", disse.

 Os cristãos, yazidis, turcomanos e shabaks são algumas das minorias que convivem há muito tempo com os muçulmanos no Iraque, onde agora são perseguidos pela milícia jihadista do Estado Islâmico.

 Essas minorias são obrigadas a converter-se ao islamismo ou fugir. A maioria desses grupos, que habitam o país há séculos, vive na província de Nínive, una zona de história e cultura milenares cortada pelo Rio Tigre e situada a 400 quilômetros a noroeste de Bagdad.

AFP

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