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Hamas apoia adesão palestina a Tribunal Internacional

09:20 | Ago. 23, 2014
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Hamas assinou um promessa de apoiar qualquer proposta palestina para se juntar Tribunal Penal Internacional (TPI), disseram duas autoridades do grupo neste sábado. A decisão poderá expor Israel - bem como o Hamas - a investigações de crimes de guerra.

O presidente palestino Mahmoud Abbas debateu durante meses sobre sua adesão ao tribunal, uma medida que transformaria suas relações com Israel de tensas a abertamente hostis.

No mês passado, Abbas obtive promessas por escrito de apoio do movimento Fatah, do qual faz parte, e de outras facções na Organização para a Liberação da Palestina, e disse que também buscaria um apoio formal do Hamas, seu principal rival político.

Hamas disse durante semanas que estava estudando a ideia. Se Abbas recorrer ao tribunal, o Hamas poderá ser investigado por seu lançamento de foguetes indiscriminadamente contra Israel por mais de uma década, enquanto Israel poderia ser investigado por suas ações na atual guerra de Gaza, bem como sobre a construção de assentamentos nas terras conquistadas durante os confrontos.

Abbas se reuniu nos últimos dois dias no Qatar com o principal líder do Hamas exilado, Khaled Mashaal. Mais cedo neste sábado, um dos líderes do Hamas Moussa Abu Marzouk escreveu em sua página do Facebook que o "Hamas assinou um documento" de apoio que Abbas pediu. Outro membro do Hamas Izzat Rishq confirmou que o documento foi assinado. A publicação no Facebook foi divulgada nos sites de notícias do grupo.

Abu Marzouk e Rishq não explicaram as razões do Hamas para ter aceitado apoiar a proposta da participação palestina. Os assessores de Abbas não fizeram nenhum comentário e não houve nenhuma reação imediata de Israel, que se recusou a se juntar ao tribunal.

Recorrer ao Tribunal Penal Internacional (TPI) se tornou uma opção para Abbas em 2012, depois da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) ter reconhecido a "Palestina" na Cisjordânia, Gaza e leste de Jerusalém, terras capturadas por Israel em 1967, como um estado observador não-membro. A melhora da classificação para um estado abriu a porta para o pedido para que o tribunal tenha jurisdição na Palestina. Fonte: Associated Press.

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