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Serra Leoa e Libéria tomam medidas drásticas por epidemia de Ebola

O vírus Ebola pode matar as pessoas em questão de dias, depois de provocar uma intensa febre e sérias dores musculares, vômitos e diarreia
12:46 | Jul. 31, 2014
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Serra Leoa e Libéria tomaram medidas drásticas diante da epidemia de febre hemorrágica, provocada em grande parte pelo vírus Ebola e que causou em sete meses a morte de mais de 700 pessoas nestes dois países e na vizinha Guiné.

 A Organização Mundial da Saúde divulgou novos dados nesta quinta-feira, 31, sobre esta epidemia na África ocidental. Dessa forma, até 27 de julho foram registrados mais de 1.300 casos, incluindo 729 pessoas que faleceram na Guiné, Libéria, Nigéria e Serra Leoa.

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 Horas após a presidente liberiana, Ellen Johnson Sirleaf, ordenar na noite de quarta-feira o fechamento de todas as escolas, seu colega de Serra Leoa, Ernest Bai Koroma, decretou nesta quinta-feira estado de emergência.

 "Os desafios extraordinários exigem medidas extraordinárias. A doença provocada pelo vírus Ebola constitui um desafio extraordinário para nossa nação", declarou Koroma em um discurso divulgado pela televisão.

 "Portanto, proclamo o estado de emergência pública", acrescentou.
Koroma também anunciou medidas, como colocar em quarentena as áreas afetadas pelo Ebola, mobilizar forças de segurança para proteger as equipes médicas e proibir as reuniões públicas, assim como vasculhar os locais onde acredita-se que possam existir pessoas doentes.

 O presidente também disse que "houve mais de 130 sobreviventes desta doença", ressaltando as possibilidades de cura que as pessoas internadas em centros de saúde têm.
Na noite da última quarta-feira, 30, a presidente da Libéria havia ordenado o fechamento de todas as escolas em um discurso divulgado pela televisão.
Além disso, "é ordenado por mim o fechamento até nova ordem de todos os mercados das zonas fronteiriças", disse.

 Sirleaf também afirmou que o dia de sexta-feira era declarado feriado com o objetivo de utilizá-lo para desinfectar todas as instalações públicas.

 O médico belga Peter Piot, um dos que descobriram o vírus Ebola em 1976 no Zaire (hoje República Democrática do Congo) estimou que as dificuldades que Libéria e Serra Leoa têm para enfrentar a epidemia devem-se porque "estes países saem de anos de guerra civil"

 "Libéria e Serra Leoa tentam agora se reconstruir e, portanto, há uma falta total de confiança nas autoridades que, somada à pobreza e aos serviços de saúde medíocres, é, na minha opinião, a causa desta grande epidemia", acrescentou em entrevista à AFP.

 A RDC anunciou novas medidas sanitárias para evitar que voltem a existir casos de Ebola e Quênia e Etiópia também indicaram nesta quinta-feira, 31, ter tomado medidas a respeito.

 Os temores de que o surto de Ebola na África se propague a outros continentes aumentaram nessa última quarta-feira, 30. Europa e Ásia permaneciam em alerta, a ONG Médicos Sem Fronteiras advertiu que a epidemia estava fora de controle e os corpos de paz dos Estados Unidos anunciaram que se retiravam da região.

 O vírus Ebola pode matar as pessoas em questão de dias, depois de provocar uma intensa febre e sérias dores musculares, vômitos, diarreia e, em alguns casos, a insuficiência dos órgãos e uma hemorragia incontrolável.

 

AFP

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