Câmara dos EUA investigará troca de militar por presos
Funcionários da Casa Branca e dos departamentos de Estado e de Defesa, bem como a comunidade de inteligência, defenderam a troca do sargento Bowe Bergdahl, que foi capturado em junho de 2009 no Afeganistão, por cinco militantes do Taleban que estavam na prisão da Baía de Guantánamo, em Cuba. Eles foram enviados ao Catar, que atuou como mediador na troca, e deverão permanecer um ano no país antes de retornar ao Afeganistão.
Mas, desde o acordo, legisladores têm questionado se Bergdahl era um desertor e se os EUA abriram mão de muito por sua liberdade. Republicanos criticaram na noite de ontem que 80 a 90 pessoas do governo sabiam sobre a troca antes de ela efetivamente ocorrer, mas ninguém no Congresso foi avisado, incluindo os líderes dos comitês de segurança nacional.
A republicana Dana Rohrabacher disse que o presidente Barack Obama "não irá se safar dessa" e descreveu a atuação como arrogante. "Isso irá custar vidas aos norte-americanos", disse. Segundo a republicana Michele Bachmann, a administração Obama prometeu averiguar quantos norte-americanos ou aliados podem ter morrido para capturar os cinco prisioneiros e quantos os militantes foram responsáveis por matar.
Membros do governo alegam que qualquer vazamento de informação apresentaria um risco à vida de Bergdahl. A democrata Jan Schakowsky se irritou com as críticas e disse a repórteres estar feliz por não ter deixado alguém no campo de batalha. "Acho absolutamente inaceitável nós estarmos ouvindo esses tipos de ataques a essa administração por trazer alguém para casa." Ela acrescentou que nenhum dos prisioneiros foi julgado por algum crime nos EUA.
O Secretário da Defesa, Chuck Hagel, irá testemunhar na quarta-feira no Comitê de Serviços Armados. Fonte: Associated Press.
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