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Tailândia: cinco pessoas ficam feridas em protesto

12:50 | Mai. 09, 2014
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Bangcoc, 09/05/2014 - A polícia tailandesa disparou gás lacrimogêneo e canhões d'água nesta sexta-feira para afastar manifestantes que tentavam forçar a entrada em um complexo do governo da Tailândia, um indicativo de que a destituição da premiê do país, Yingluck Shinawatra, pode não resolver a crise política no país.

Cinco pessoas ficaram feridas em torno do Centro de Administração para a Paz e Ordem, que é a sede do comando de segurança do governo. Manifestantes tentaram invadir o local derrubando as barreiras que cercam o complexo. O incidente ocorreu após mais de 10 mil manifestantes terem marchado pela capital tailandesa para mostrar que a saída da premiê, ordenada esta semana pela Justiça do país, não foi suficiente.

O tráfego ficou complicado ao redor de Bangkok quando os manifestantes marcharam até a Casa do Governo - principal escritório da primeira-ministra - e depois até o Parlamento, rodeados por repórteres de várias redes de televisão pública. Eles pediram que as estações de TV parem a transmissão de notícias do governo para divulgar os anúncios dos manifestantes.

O líder dos protestos Suthep Thaugsuban Suthep exigiu que os presidentes da Suprema Corte e do Senado e a Comissão Eleitoral, juntamente com outros órgãos estatais, trabalhem em conjunto para derrubar o atual governo. "Queremos que a mudança de governo seja suave. Mas se vocês não puderem fazê-la sem problemas no prazo de três dias, nós, o povo, iremos fazê-la à nossa própria maneira", afirmou.

A marchas de sexta-feira ocorrem dois dias depois de Yingluck ser destituída pelo Tribunal Constitucional do país por supostamente ter transferido um funcionário público ilegalmente para outro posto. Os apoiadores de Yingluck e muitos analistas avaliam que a decisão teve motivação política. A oposição quer instaurar um governo nomeado para supervisionar reformas no país antes que novas eleições sejam realizadas, um conceito criticado por muitos como antidemocrático. Eles se opõem ao pleito programado para julho. Fonte: Associated Press.

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