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Seca na Califórnia pode deixar perdas de US$ 1,7 bilhão

08:15 | Mai. 20, 2014
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Tipo Notícia
O prejuízo com a seca na Califórnia (oeste dos EUA) pode chegar a US$ 1,7 bilhão este ano, levando ao corte de 14,5 mil postos de trabalho no Vale Central, a região mais rica do mundo em produção de alimentos, aponta estudo divulgado na última segunda-feira, 19.

De acordo com pesquisa feita pela Universidade da Califórnia (UC), os campos receberão 32,5% a menos de água pela falta de chuvas desde o início de 2014. Além disso, 6% das terras de cultivo não poderão ser exploradas.

No Vale Central, que tem cerca de 700 km de norte a sul e 2,8 milhões de hectares, cresce a maioria das frutas, verduras e frutos secos cultivados nos Estados Unidos.

Em números, a forte seca custará cerca de US$ 1,7 bilhão aos agricultores. Desse total, US$ 450 milhões serão investidos em sistemas de bombeamento subterrâneo para poder regar as terras sedentas.

Os 14.500 empregos - temporários, ou não - poderão desaparecer. Pelos 6.400 postos estão diretamente relacionados à produção de cultivos.

O Vale de San Joaquín e a Laguna de Tache, ao norte de Los Angeles, acumularão 60% das perdas, segundo a estimativa, diante da falta de precipitações.

"Sem acesso às águas subterrâneas, a seca deste ano seria realmente devastadora para os agricultores e as cidades da Califórnia", garante o coautor do relatório e diretor do Centro para a Ciência das Bacias da UC, Jay Lund.

O governo da Califórnia, que encomendou o estudo, descarta que essa situação vá perturbar a economia do estado, pois a agricultura representa apenas menos de 3% do PIB estadual - informou a responsável pelo Departamento de Alimentos e Agricultura (CDFA, na sigla em inglês), Karen Ross.

"Essas estimativas ajudarão o Estado a entender melhor o impacto econômico da seca e a aliviá-la", acrescenta o estudo.

A Califórnia tem feito cortes periódicos de água em algumas áreas para tentar amenizar os efeitos da seca, que também provoca violentos incêndios no verão e no outono (hemisfério norte).
AFP

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