Participamos do

Portugal: economia precisa de mais incentivos, diz BC

11:50 | Mai. 15, 2014
Autor O POVO
Foto do autor
O POVO Autor
Ver perfil do autor
Tipo Notícia
O Banco Central de Portugal emitiu nesta terça-feira um aviso para o governo e os bancos domésticos de que, embora o país tenha saído com êxito do programa de resgate de 78 bilhões de euros, muito mais precisa ser feito para colocar a economia no caminho certo.

O alerta foi divulgado horas depois de a agência de estatísticas do país ter informado que a economia contraiu 0,7% no primeiro trimestre do ano, na comparação com os três meses anteriores, com a desaceleração das exportações. Embora a contração tenha sido parcialmente causada pela paralisação temporária de uma refinaria, foi um lembrete de quão frágil ainda está a economia portuguesa.

Em seu relatório semestral de estabilidade financeira, o BC português disse que, ainda que o país tenha aumentado as exportações e reduzido o déficit orçamentário ao longo dos últimos três anos, são necessários mais incentivos para mudar o foco da economia do mercado interno para a esfera internacional e tornar o crescimento sustentável. A proporção das exportações no Produto Interno Bruto (PIB) subiu para cerca de 40%, de 28% em 2009, mas o número ainda é considerado baixo.

Os bancos, por sua vez, precisam lidar com um setor privado altamente endividado, baixos níveis de rentabilidade e ainda alta dependência de financiamento do Banco Central Europeu. "O progresso registrado na economia portuguesa é insuficiente", disse a instituição, acrescentando que o governo deve pressionar por mais reformas estruturais para tornar os produtos do país mais competitivos no exterior. Sem crescimento econômico robusto, o país terá dificuldade para pagar uma dívida pública que atualmente está perto de 130% do PIB.

Além disso, o BC apelou aos bancos que continuem reforçando os seus índices de capital e cortem custos para aumentar a rentabilidade, que foi prejudicada por um aumento nos empréstimos inadimplentes. Fonte: Dow Jones Newswires.

Dúvidas, Críticas e Sugestões? Fale com a gente