OSCE: Rússia não reconheceu referendos na Ucrânia
Os seus comentários foram feitos após os chanceleres da UE estenderem as sanções contra a Rússia por causa da situação na Ucrânia. A UE concordou em proibir a emissão de vistos e congelar ativos de 13 pessoas, incluindo funcionários do governo russo e separatistas ucranianos pró-Moscou. Duas empresas com sede na Crimeia também foram adicionadas à lista de sanções. Mais cedo, o Kremlin disse que respeita os referendos de secessão no leste da Ucrânia e espera uma "implementação civilizada" dos resultados.
Burkhalter disse que a resposta russa não significa um reconhecimento do resultado. "Ele (o Kremlin) falou sobre respeito. Não falou sobre reconhecimento. Não há reconhecimento desse resultado", afirmou. O chefe da OSCE, que realizou conversas em Moscou na semana passada, disse que está "convencido" de que Moscou está aberto a discussões genuínas sobre a Ucrânia, dando aos ucranianos pró-Rússia do leste uma voz adequada nas discussões sobre o futuro do país. "Vimos em Moscou que há uma abertura para o diálogo", assinalou. "Estou convencido de que vamos levar a cabo este canal de comunicação."
Repetindo as declarações feitas mais cedo aos ministros de Relações Exteriores da UE e divulgadas pela delegação suíça da OSCE, Burkhalter pediu que medidas imediatas sejam tomadas para implementar o Acordo de Genebra, alcançado no mês passado. Esse acordo prevê o desarmamento dos grupos armados, a desocupação dos edifícios invadidos, uma anistia para a maioria dos separatistas pró-Rússia e etapas para discutir uma ampla reforma constitucional.
Na semana passada, a OSCE produziu um roteiro de passos para a implementação do plano de Genebra. Bulkhalter disse que o roteiro sugere às autoridades da Ucrânia considerar a realização de um plebiscito sobre reformas constitucionais no primeiro ou no segundo turno das eleições presidenciais. Isso pode abrir caminho para a concessão de uma autonomia significativa para as províncias pró-russas. O roteiro também prevê uma série de mesas-redondas públicas envolvendo funcionários do Executivo e legisladores ucranianos e representantes das províncias rebeldes para discutir a reforma constitucional. Fonte: Dow Jones Newswires.
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