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OMS declara a poliomielite emergência de saúde pública

09:58 | Mai. 05, 2014
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A Organização Mundial da Saúde (OMS) decretou nesta segunda-feira, 5, emergência de saúde pública pelos casos de poliomielite, que se propagou em vários países.

A OMS realizou na semana passada uma reunião de emergência sobre a pólio, após o registro, desde janeiro, de casos em Afeganistão, Iraque e Guiné Equatorial.

"A decisão para considerar que estão reunidas as condições para um estado de emergência foi unânime", afirma a OMS em um comunicado.

"Se não for controlada, a situação poderá colocar em risco a erradicação global da uma das mais graves doenças que pode ser evitada através da vacinação", ressalta o comunicado.

A OMS estima que o maior risco de propagação da poliomielite está no Paquistão, Camarões e Síria, e convoca as autoridades locais a agir com campanhas de vacinação para aqueles que precisam viajar e manter este dispositivo por pelo menos seis meses após verificar que não houve novos casos da doença.

Os países onde a doença foi detectada, e que estão incluídos neste estado de emergência, são Afeganistão, Guiné Equatorial, Etiópia, Iraque, Israel, Somália e Nigéria.

A poliomielite é uma doença altamente contagiosa que afeta principalmente crianças com menos de cinco anos. Ela pode causar paralisia em algumas horas e, em alguns casos, ser fatal.

O número de casos de pólio caiu mais de 99% desde 1988, passando de 350 mil a 406 casos notificados em 2013. Esta diminuição deve-se ao esforço global para erradicar a doença, segundo a OMS.

Em 2014, há apenas três países onde a doença é considerada endêmica, Afeganistão, Nigéria e Paquistão, enquanto este número era de mais de 125 em 1988.

"No entanto, a poliomielite continua a se espalhar internacionalmente a partir de países endêmicos e dos países reinfectados", indica a OMS.

Entre janeiro e abril, habitualmente período de baixa transmissão da pólio, três novos casos importados da doença foram detectados: na Ásia (do Paquistão para o Afeganistão), no Oriente Médio (da Síria para o Iraque), e na África Central (do Camarões para a Guiné Equatorial", explica a organização.

AFP

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