Participamos do

Ucrânia não será membro da Otan, diz ministro alemão

09:30 | Abr. 01, 2014
Autor O POVO
Foto do autor
O POVO Autor
Ver perfil do autor
Tipo Notícia
São Paulo, 01/04/2014 - O ministro de Relações Exteriores da Alemanha, Frank-Walter Steimeier, disse nesta terça-feira que a Ucrânia possivelmente não se tornará membro da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). Os comentários ocorrem antes do encontro dos chanceleres de países membros da Otan para discutir a situação ucraniana e o fim das cooperações com Moscou.

Steimer disse que os ministro da França e Polônia também concordam com essa visão e incentivam que os países membros da organização trabalhem com a ideia de uma cooperação mais próxima com Kiev. "Eu não vejo qualquer caminho viável que conduza para uma adesão dos ucranianos à Otan", afirmou o ministro alemão.

Mesmo descartando essa inclusão, Steimer continua pressionando para que as negociações entre os governos da Rússia e Ucrânia sejam retomadas. "O que será importante nos próximos dias é tentarmos reunir os dois países na mesma mesa, na tentativa de discutir esse conflitos", salientou.

Em nota divulgada hoje, o secretário-geral da Otan, Anders Fogh Rasmussen, disse que o primeiro dia de reunião entre os ministros deve se concentrar em discutir como a organização vai apoiar a Ucrânia no âmbito político. "Vamos chegar a um acordo para apoiar a nossa parceira Ucrânia, com medidas políticas e práticas no longo prazo", disse Rasmussen.

O secretário também ressaltou a posição dos países sobre as últimas ações da Rússia, o que classificou como inaceitáveis. "Tomaremos as decisões sobre a nossa cooperação com a Rússia, que teve um comportamento inaceitável nos últimos episódios. Através de suas ações, Moscou tem prejudicado os princípios da nossa parceria e violado os compromissos internacionais. Não podemos manter as mesmas relações econômicas e políticas com eles", explicou.

O encontro entre chanceleres acontece até amanhã em Bruxelas, na Bélgica. Hoje à tarde estão previstos novos posicionamentos de Rasmussen, do Secretário de Estados dos EUA, John Kerry, e do ministro interino de Relações Exteriores da Ucrânia, Andrii Deshchytsia.

Dúvidas, Críticas e Sugestões? Fale com a gente