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Ucrânia ganha tempo com ajuda da UE e negociações

A Comissão Europeia (Executivo da UE) apresentou em Bruxelas um plano de ajuda de pelo menos 11 bilhões de euros para a Ucrânia
12:07 | Mar. 05, 2014
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A Ucrânia recebeu nesta quarta-feira, 5, um respaldo econômico da União Europeia (UE), que negocia com Estados Unidos e Rússia uma solução para a região ucraniana da Crimeia, onde forças russas tomaram parcialmente o controle de duas bases de mísseis.

A Comissão Europeia (Executivo da UE) apresentou em Bruxelas um plano de ajuda de pelo menos 11 bilhões de euros para a Ucrânia, à beira da falência e muito endividada com a Rússia, que não reconhece as novas autoridades pró-ocidentais do país.

A crise na ex-república soviética, independente desde 1991, será discutida nesta quarta-feira em Paris pelos chefes da diplomacia dos Estados Unidos e da Rússia, John Kerry e Serguei Lavrov, respectivamente.

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Na Crimeia, uma região com população majoritária de língua russa na Ucrânia, forças russas tomaram o controle parcial de duas bases de lançamento de mísseis, mas sem chegar aos foguetes, segundo fontes oficiais ucranianas.

O presidente russo, Vladimir Putin, negou o envolvimento de tropas russas na Crimeia. Mas o presidente americano, Barack Obama, colocou em dúvida sua boa fé e afirmou que as declarações de Putin "não enganam ninguém".

Lavrov reiterou nesta quarta-feira a posição da Rússia, que atribui a tomada de edifícios oficiais na Crimeia a "forças de autodefesa" locais.

"Eu gostaria que explicassem o que são as forças pró-Rússia: se são as forças de autodefesa criadas pelos habitantes da Crimeia, nós não temos nenhuma autoridade sobre elas. Não recebem nossas ordens", disse.

Lavrov destacou ainda que a Rússia está decidida a proteger os cidadãos russos que vivem na Ucrânia.

"Não vamos permitir um derramamento de sangue, não vamos permitir atentados contra a vida e a saúde daqueles que vivem na Ucrânia, e também dos cidadãos russos que vivem na Ucrânia", afirmou.

A crise na Ucrânia se tornou mais intensa em 22 de fevereiro, com a destituição do presidente pró-Moscou Viktor Yanukovytch pelo Parlamento, após a violenta repressão das manifestações em Kiev.

A Rússia considera a situação um "golpe de Estado" e se nega a reconhecer as novas autoridades.

Os protestos começaram em novembro, contra a decisão de Yanukovytch de estreitar vínculos econômicos com a Rússia, em detrimento de uma aproximação da UE.

O governo dos Estados Unidos - que tem o apoio de França, Grã-Bretanha e Alemanha - deu sinais de que deseja propor a Putin uma saída sem perdedores para a crise, a mais grave entre o Ocidente e Moscou desde o fim da Guerra Fria.

Em uma conversa telefônica, Obama e a chefe de Governo da Alemanha, Angela Merkel, concordaram com "a importância de uma redução (da tensão), com o envio de observadores internacionais" e o começo de um diálogo entre Moscou e Kiev.

Uma fonte diplomática revelou à AFP que 15 países da Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa (OSCE), incluindo Estados Unidos, concordaram em enviar uma missão de observadores militares a Ucrânia.

AFP

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