Síria acusa Israel de disparar contra seu território
Enquanto isso, no leste do Líbano, aviões de guerra sírios realizaram uma série de ataques aéreos nos limites de uma cidade na fronteira com o Líbano, disseram autoridades. A violência ao longo das fronteiras mostra como a guerra civil de três anos da Síria está transbordando para seus vizinhos, desestabilizando a região.
As Forças Armadas israelenses disseram ter atirado contra supostos militantes afiliados ao Hezbollah nas colinas de Golã. Os militares não explicaram como sabiam dos laços dos alvos com o grupo xiita libanês. Autoridades do Hezbollah não foram localizadas para comentar o assunto.
A agência de notícias estatal síria Sana, citando uma fonte militar, disse que as forças israelenses dispararam na direção da aldeia de Hamidiyeh, em Golã, atingindo uma escola e uma mesquita na manhã de quarta-feira. A reportagem apontou ainda que Israel também disparou na direção de outra área, chamada Houriyeh, e depois abriu fogo pela terceira vez, novamente na direção de Hamidiyeh. Segundo a Sana, os ataques feriram sete membros das forças de segurança e quatro civis. A agência não deu mais informações. Em um comentário enigmático, o ministro das Relações Exteriores sírio, Walid al-Moallem, disse que a "agressão" israelense contra Hamidiyeh nas colinas de Golã ocorreu porque o país "sentiu" que militares sírios haviam realizado uma operação preventiva para garantir a sua fronteira com Israel.
O porta-voz das Forças Armadas israelenses, tenente-coronel Peter Lerner, descreveu o ataque de hoje como sendo uma resposta a uma "ameaça substancialmente diferente" do que Israel já havia visto anteriormente: uma tentativa de plantar uma bomba diretamente na fronteira. Isso pedia "resposta mais contundente", disse Lerner, acrescentando que o Exército disparou várias vezes e que os dois suspeitos eram os únicos alvos.
A Sana descreveu os tiros como "atos agressivos" e advertiu Israel contra tais "aventuras e testes de nossa capacidades de combate". Fonte: Associated Press.
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