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EUA questionam gastos de defesa maiores da China

18:00 | Mar. 05, 2014
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O comandante dos Estados Unidos para o Pacífico, almirante Samuel Locklear, expressou preocupação nesta quarta-feira sobre as intenções da China, depois que a potência asiática anunciou um aumento de dois dígitos nos gastos de defesa. Vários legisladores questionaram o almirante sobre a capacidade dos EUA de lidar com uma China em ascensão e exercer influência na Ásia em meio à crescente pressão sobre o orçamento de defesa norte-americano.

A China anunciou nesta quarta-feira um aumento de 12,2% nos gastos militares, para US$ 132 bilhões - valor provavelmente abaixo dos gastos reais, mas ainda assim muito menor do que os US$ 600,4 bilhões gastos pelos EUA no ano passado.

Locklear disse à Comissão de Serviços Armados da Câmara dos Representantes que ocorreu um lento e constante crescimento no relacionamento militar entre Estados Unidos e China e que os EUA desejam que a China dê uma contribuição positiva para a segurança regional. Contudo, ele afirmou que as ações recentes da China colocam em xeque como o país procederá na relação com nações vizinhas.

"O que é frustrante é o que está acontecendo em seu próprio quintal no que se refere às relações com alguns dos nossos aliados", disse Locklear, citando reivindicações territoriais ambíguas no Mar do sul da China e a declaração de uma zona de informação de defesa aérea sobre o Mar do leste da China, em um abrangente espaço aéreo sobre ilhas controladas pelo japoneses que também são reivindicadas pela China. "Isso tudo complica o ambiente de segurança e nos faz pensar." Segundo o almirante, as questões importantes no que tange às despesas militares chinesas são a transparência, o uso e se servirão para cooperação com os vizinhos a fim de aumentar a segurança na região.

A porta-voz do Departamento de Estado, Jen Psaki, também disse a repórteres que os EUA estavam pedindo maior transparência da China e incentivando o país a usar suas capacidades militares para manter a paz e a estabilidade na região da Ásia-Pacífico. Fonte: Associated Press.

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