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Premiê da Itália diz que vai renunciar

15:29 | Fev. 13, 2014
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Pressionado por membros de seu próprio partido, Enrico Letta anuncia que vai apresentar demissão ao presidente Giorgio Napolitano, apenas dez meses após assumir o cargo. Matteo Renzi é provável substituto. O primeiro-ministro italiano, Enrico Letta, anunciou nesta quinta-feira (10/02) que apresentará sua renúncia ao presidente Giorgio Napolitano. A decisão é tomada apenas dez meses após ele assumir o cargo e em meio à forte pressão de seus correligionários do Partido Democrático (PD). "Como resultado das decisões tomadas hoje [quinta-feira] pela direção nacional do Partido Democrático, informei ao presidente da República sobre a minha vontade de me apresentar amanhã no Quirinale [sede da Presidência] para me demitir", afirmou Letta. Nesta quinta, o PD aprovou em convenção com 136 votos a favor, 16 contra e duas abstenções que a Itália necessita de um novo governo. Por trás da iniciativa está Matteo Renzi, novo líder da legenda e que pode ser o próximo primeiro-ministro da Itália. O atual mandato vai até 2018. "Há uma ambição desmedida que às vezes temos que ter, não só eu, como todos os membros do PD, porque a Itália não pode viver numa situação de incerteza e instabilidade", disse Renzi. A renúncia é anunciada num momento de relativa calma política na terceira maior economia da zona do euro, que já começa a dar sinais mais sólidos de recuperação. Na última década, a Itália viu cinco governantes diferentes abandonarem o cargo ou serem demitidos antes de completarem o mandato. O governo Letta foi formado em 28 de abril do ano passado, diante da incapacidade do também social-democrata Luigi Bersani de constituir uma liderança estável após as eleições de fevereiro de 2013. O mais votado das eleições foi o ex-comediante Beppe Grillo, que, com uma proposta reformista, não conseguiu base suficiente para formar um governo liderado por ele. O pleito foi realizado após a renúncia de Mario Monti. Desde o início da convulsão política dos últimos dias, o ex-premiê Silvio Berlusconi não se manifestou. O presidente Giorgio Napolitano deixou claro na quarta-feira que não quer "nem ouvir falar de eleições antecipadas". Segundo ele, "a bola está agora com o PD". A imprensa italiana especula que o novo governo pode ser formado já na próxima semana. RPR/ ap/ afp/ efe

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