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Greve no metrô de Londres prejudica trabalhadores

11:30 | Fev. 05, 2014
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Uma greve dos funcionários do metrô de Londres complicou a vida dos trabalhadores nesta quarta-feira, quando várias estações do sistema de trens subterrâneos mais antigo do mundo permaneceram fechadas, o que forçou milhares de pessoas a usar ônibus e táxis ou ir a pé ou de bicicleta para o trabalho.

A paralisação também fez com que fosse retomado o debate sobre as leis de greve. O prefeito da capital, Boris Johnson, que também é uma das figuras mais populares do partido Conservador (do primeiro-ministro David Cameron), reiterou seu pedido para que os trabalhadores só possam entrar em greve se mais da metade dos trabalhadores votarem pela medida por um sindicato que apoia e ação.

O Sindicato Nacional Trabalhadores Ferroviários, Marítimos e dos Transportes (RMT, na sigla em inglês) e a menor Associação dos Assalariados do Setor de Transporte, conduziram seus funcionários para uma greve de 48 horas a partir da noite de terça-feira para protestar contra o projeto da operadora de cortar cerca de 750 vagas de trabalho como parte das ações para a automação da venda de passagens e fechamento de bilheterias. Outra paralisação de 48 horas está programada para o mesmo período da semana que vem.

Várias estações centrais ficaram fechadas durante o horário de pico da manhã desta quarta-feira, dentre elas Piccadilly Circus, Leicester Square e Westminster, que é bastante procurada por turistas porque fica próxima do Big Ben e do Parlamento. Três das 11 linhas de metrô da cidade estavam fechadas e as demais estavam com o serviço reduzido e sujeito a atrasos, mas cerca de 70% das estações estavam abertas.

Bob Crow, líder do sindicato RMT, diz que quer que o prefeito fale sobre sua visão para o futuro da rede. "Queremos que ele explique por que em seu programa de campanha ele declarou que manteria as bilheterias abertas e agora quer fechá-las", disse ele à rádio LBC. O prefeito foi reeleito para um segundo mandato em 2012.

A empresa London Underground disse em novembro que fecharia as bilheterias em algumas estações por causa da crescente tendência dos clientes de comprar as passagens em máquinas ou pelo Oyster card, um cartão que pode ser carregado nas máquinas ou pela internet. Menos de 3% das viagens atualmente envolvem a passagem pela bilheteria, diz a empresa.

Segundo os sindicatos, o projeto vai transformar algumas paradas em "estações fantasma" sem qualquer funcionário, o que deixará os passageiros vulneráveis. Eles dizem também que os supervisores de estação terão várias paradas para atender e que podem não estar disponíveis no caso de uma emergência. Fonte: Dow Jones Newswires.

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