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Obama promete parar de espionar "líderes próximos"

14:40 | Jan. 17, 2014
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O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, apresentou nesta sexta-feira um novo plano de espionagem por meio do qual promete parar com a coleta em massa de dados telefônicos de norte-americanos e interromper a espionagem de líderes de países "aliados próximos".

Obama, no entanto, fez questão de deixar claro que as agências americanas vão continuar a coletar informações em todo o mundo, mas agora apenas de outros governos e não mais de cidadãos. "As mudanças que eu ordenei vão fazer exatamente isto", afirmou Obama. "Não vamos nos desculpar simplesmente porque nossos serviços são mais eficazes", completou.

O anúncio de Obama foi feito no início da tarde desta sexta-feira na Casa Branca em resposta à série de vazamentos sobre os abusos cometidos pela Agência de Segurança Nacional dos EUA (NSA, na sigla em inglês) em suas atividades de espionagem dentro e fora do país.

O pronunciamento de Obama é considerado por especialistas um passo fundamental no reexame das práticas de segurança adotadas pelos EUA depois dos atentados de 11 de setembro de 2001, um processo que, segundo autoridades da Casa Branca, tem como objetivo reestruturar as políticas de combate ao "terrorismo" e fortalecer a credibilidade do presidente antes do fim de seu mandato.

A mudança mais imediata afeta o programa de coleta de dados de quase todos os telefonemas nos EUA. A partir de agora, a NSA terá de obter autorização da corte secreta de segurança nacional para espionar em dados telefônicos, e o escopo das buscas individuais foi reduzido.

As mudanças, embora mais extensas do que era previsto, deixa algumas práticas de espionagem importantes intocadas. Entre elas, há programas de coleta de dados que funcionam sob a mesma direção do programa de dados telefônicos da NSA, incluindo o programa da Agência Central de Inteligência que coleta dados de transferências financeiras de empresas como a Western Union, que inclui registro de milhões de americanos.

O efeito real das mudanças anunciadas por Obama impões reformas na maneira como os programas de espionagem dos EUA funcionam e que satisfazem os defensores da privacidade e liberdade civil. Fonte: Dow Jones Newswires.

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