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Onda de violência deixa pelo menos 67 mortos no Iraque

17:27 | 03/09/2013
Uma série de explosões coordenadas em Bagdá e outros episódios de violência deixaram pelo menos 67 mortos no Iraque nesta terça-feira, informaram autoridades. A maioria dos mortos foi vítima de uma série de explosões de carros-bomba na capital iraquiana no início da noite, quando os moradores estavam fazendo compras ou indo jantar.

Essas explosões atingiram onze bairros diferentes e mataram pelo menos 50 pessoas. Os ataques acontecem em meio a uma onda de violência que assola país nos últimos meses. Os insurgentes tentam tirar vantagem das crescentes tensões sectárias e étnicas. A escala de violência atingiu níveis que não eram vistos desde 2008, período no qual o país esteve à beira de uma guerra civil.

A explosão mais grave atingiu uma série de restaurantes localizados no bairro de Talibiyah, majoritariamente sunita, matando nove e ferindo 32 pessoas. Outro carro-bomba atingiu o bairro xiita de Sadr City, deixando três mortos e oito feridos, segundo a polícia.

Praticamente no mesmo horário, autoridades informaram que carros-bomba explodiram de forma consecutiva nas proximidades de uma delegacia no bairro de Sadiyah, majoritariamente sunita, matando seis e ferindo 15. Outra explosão atingiu a praça central do distrito comercial de Karradah, matando seis e ferindo 14 pessoas.

Carros-bomba também atingiram ruas comerciais no bairro de Shurta, habitado tanto por sunitas quanto por xiitas, deixando cinco mortos e 12 feridos. No bairro xiita de Zafaraniyah, quatro pessoas morreram e 11 ficaram feridas e em Abu Dashir, local majoritariamente xiita, duas pessoas morreram e nove ficaram feridas por causa das explosões, informou a polícia.

Outro carro bomba explodiu em um mercado aberto na vila xiita de Maamil, no suburbio ao leste da capital, matando três pessoas e ferido outras 41.

Nenhum grupo havia assumido a autoria dos ataques, mas explosões coordenadas de carros-bomba e ataques contra civis e forças de segurança iraquianas são a tática favorita do braço iraquiano da Al-Qaeda, que não costuma reivindicar a responsabilidade por ataques durante vários dias.

Também foram encontrados quatro corpos com tiros nas costas nas ruas de diferentes regiões de Bagdá.

Líderes xiitas e sunitas pediram calma, na expectativa de evitar o retorno do período de intensa violência sectária no país. Mas o derramamento de sangue continua e mais de 4 mil pessoas foram moras apenas nos últimos cinco meses.

Homens armados mataram duas pessoas no bairro de Dora, sul de Bagdá, informou a polícia. Outro grupo invadiu a casa de um membro de uma milícia sunita, que faz oposição à Al-Qaeda, e matou a mulher e os três filhos do miliciano num subúrbio da capital, informaram a polícia e funcionários de um hospital.

A milícia, conhecida como Sahwa, ajudou as tropas norte-americanas a combater a Al-Qaeda no ápice da guerra, mas desde então tem sido alvo de insurgentes, que os consideram traidores. O líder do Sahwa, Wisam al-Hardan, conseguiu escapar sem ferimentos de uma tentativa de assassinato na segunda-feira, mas seis de seus guarda-costas e uma pessoa que passava pelo local morreram após o ataque de dois suicidas.

Também nesta terça-feira, um carro-bomba explodiu nas proximidades de um restaurante na cidade de Jbala, ao sul da capital, matando duas pessoas e ferindo outras sete. Na cidade de Basra, sul do país, homens armados mataram o clérigo sunita Abdul-Karim Mustafa quando ele andava nas proximidades da mesquita al-Taqwa.

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