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Ministro do Interior do Egito sobrevive a ataque a bomba

09:43 | 05/09/2013
A explosão de uma bomba atingiu o comboio do ministro do Interior do Egito, Mohammed Ibrahim, no bairro de Nasr City, leste do Cairo, nesta quinta-feira. Trata-se do primeiro ataque a um graduado membro do governo desde o golpe que derrubou o presidente islamita Mohammed Morsi, dois meses atrás. Ibrahim sobreviveu ao ataque que danificou os carros do comboio e deixou oito feridos, dentre eles dois policiais e uma criança.

Claramente abalado, mas ileso, o ministro falou à televisão estatal duas horas depois do ataque, ocorrido no final da manhã. Ele disse que seu carro, um SUV preto, foi diretamente atingido por "um grande artefato explosivo" que danificou cinco veículos do comboio.

"Foi uma hedionda tentativa de assassinato", disse ele posteriormente aos repórteres que estavam no Ministério do Interior, na região central do Cairo. O artefato explosivo, disse ele, deve ter sido detonado por controle remoto.

A explosão danificou vários carros que estavam estacionados na rua e quebrou janelas de vários prédios próximos. A polícia buscava suspeitos na região, mas nenhuma prisão tinha sido realizada, disseram policiais, em condição de anonimato.

Nenhum grupo havia assumido a responsabilidade pelo ataque. Nasr City é um reduto da Irmandade Muçulmana, o grupo islamita ao qual o ex-presidente Morsi faz parte. Foi também o local de um protesto dos seguidores do ex-presidente que foi invadido pela polícia em 14 de agosto, o que resultou na morte de centenas de pessoas.

Morsi foi derrubado em 3 de julho, após um golpe militar que aconteceu após dias de protestos que exigiam sua saída. O ex-presidente é mantido em local desconhecido desde sua queda. Centenas de líderes e partidários da Irmandade foram detidos desde o golpe, dentre eles o líder supremo Mohammed Badie e seu poderoso vice,

Khairat el-Shater.

Uma coalizão opositores da islamitas egípcios condenou o ataque com bomba desta quinta-feira contra o comboio do ministro do Interior. "O ataque deve ser condenado, independentemente dos autores", declarou a Aliança Antigolpe, citando um de seus membros graduados. Fonte: Associated Press e Dow Jones Newswires.

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