O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Anders Fogh Rasmussen, pediu que a Europa intensifique os esforços de Defesa para dividir as responsabilidades com os EUA.

"Para conseguir uma Europa forte, nós também precisamos de uma forte base industrial europeia de Defesa", afirmou Rasmussen em um discurso para os 28 membros da Otan.

"Até agora, a indústria de defesa europeia permanece nacional e fragmentada demais. É por isso que eu saúdo as propostas da Comissão Europeia de intensificar a eficiência e a competitividade da indústria", disse.

Nos últimos anos, a União Europeia criou um braço de serviços estrangeiros e desenvolveu um elemento de política de defesa que lhe permite organizar operações limitadas, como um grupo antipirataria na África.

Os Estados Unidos, entretanto, responde pela maior parte das despesas militares da Otan e, há muito tempo, pede que seus parceiros façam mais, especialmente em um momento em que os orçamentos estão sob pressão em todos os lugares.

"Eu gostaria de ver os Aliados europeus fazendo a sua parte para adquirir mais aviões com o objetivo de melhorar a vigilância", disse Rasmussen.

Ele também pediu por mais aeronaves de transporte e de reabastecimento, e por radares de defesa antimísseis. Rasmussen disse que, por mais que Washington esteja focando mais na região da Ásia e do Pacífico, não há nenhum sinal de menos compromisso dos EUA relação a Europa.

"A América do Norte e a Europa permanecem parceiros de escolha... É por isso que todos nós devemos continuar a investir na nossa Aliança. E por que todos nós devemos suportar uma parte equilibrada da carga, assim como todos nós compartilhamos os benefícios", disse.

"Uma Europa forte vai exigir uma vontade política forte... para aumentar os gastos com defesa quando nossas economias começarem a se recuperar... e assumir mais responsabilidades de segurança na vizinhança da Europa".

Os líderes da União Europeia discutirão Defesa em uma cúpula regular em dezembro e Rasmussen espera que a reunião "demonstre um forte compromisso político". "Isso vai ajudar a fortalecer a Europa", disse a autoridade. "Isso vai ajudar a reforçar a parceria transatlântica. E vai ajudar a reequilibrar a Otan. Esta é uma oportunidade que não deve ser perdida". Fonte: Dow Jones Newswires.