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Presídio autoriza que assassino da Noruega volte a estudar

09:49 | 01/08/2013
O presídio norueguês onde o extremista de direita Anders Behring Breivik está preso indicou nesta quinta-feira, 01, ter concordado, em princípio, que ele estude por correspondência, desde que a Universidade de Oslo aceite sua solicitação.
"É possível organizar isso desde que ele seja aceito pela universidade", declarou à AFP o diretor da prisão de Ila, Knut Bjarkeid, questionado sobre a vontade de Breivik de se inscrever no curso de Ciência Política.
Cumprindo uma pena de 21 anos de prisão, que pode ser prolongada, por ter matado 77 pessoas, Breivik esta atualmente sob um regime de segurança máxima, equivalente ao isolamento.
O anúncio de sua vontade de se inscrever na Universidade de Oslo para estudar ciência política gerou polêmica, principalmente entre os professores e funcionários da instituição.
"Trata-se de ensino a distância, a partir de sua cela, e as provas serão realizadas na prisão", ressaltou Bjarkeid.
Sem acesso à internet, Breivik teria que se corresponder com os professores por correio, indicou.
Segundo Bjarkeid, Breivik, que interrompeu seus estudos no Ensino Médio, estudou na prisão as disciplinas que lhe faltavam e agora cabe a universidade decidir se seus conhecimentos são suficientes para ser admitido no Ensino Superior. Uma resposta é esperada para a próxima semana.
A ministra da Educação Superior, Kristin Halvorsen, foi, por sua vez, criticada por ter sugerido que Breivik não deveria poder estudar na prisão.
"Estamos na presença de um assassino em massa que nunca voltará a conviver em sociedade", declarou à TV2 Nyhetskanalen. "Os argumentos que utilizamos para encorajar os detentos noruegueses a estudarem não são aplicáveis" em seu caso, ressaltou.
Juristas e autoridades penitenciárias responderam que ele deve voltar a ser julgado pelo tribunal, que eventualmente decidirá se prolongará sua pena.
Seu advogado, Geir Lippestad, considerou que manter Breivik indefinidamente na prisão sem nenhuma atividade seria um tratamento "próximo da tortura".
O extremista de 34 anos matou 77 pessoas em 22 de julho de 2011 ao explodir uma bomba próximo a sede do governo de Oslo e atirar contra jovens reunidos na ilha de Utoeya.
AFP

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