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DNA felino ajuda a condenar assassino no Reino Unido

14:59 | 14/08/2013
Uma universidade britânica informou nesta quarta-feira que um banco de dados com DNA de felinos ajudou a condenar um homem por homicídio. "Esta é a primeira vez que o DNA de um gato é usado num julgamento criminal no país", disse Jon Wetton, da Universidade de Leicester. "Isso pode ser muito bom para a ciência forense, já que 10 milhões de gatos no Reino Unido deixam seus pelos em roupas e móveis de mais de um quarto das famílias do país."

Investigadores identificaram pelos de gato ao redor do torso de David Guy, de 30 anos, que foi encontrado num saco de lixo numa praia britânica em julho de 2012. Detetives compararam o material com os pelos do gato de seu vizinho, David Hilder, mas como o material genético tem DNA mitocondrial - que pode ser compartilhado por um grande número de animais - a precisão não era suficiente.

Foi aí que o banco de dados de DNA entrou em cena. Wetton, que já havia ajudado a montar um banco de dados semelhante para cachorros, trabalhou com a doutoranda Barbara Ottolini na criação de um repositório de DNA felino para o caso Hilder. Eles reuniram amostras de DNA mitocondrial de 152 felinos em toda a Inglaterra no período de seis semanas.

"Apenas três das amostras obtidas combinaram com os pelos da cena do crime", disse Wetton, sugerindo que, embora a comparação não tenha sido perfeita, havia boas indicações de que os pelos no torso da vítimas eram do gato de Hilder.

"Ninguém vai ser condenado apenas por esta prova, mas se ajudar a reforçar outras evidências, pode ajudar a montar o quadro na cabeça do júri", afirmou Wetton.

Neste caso, havia uma série de outras provas, dentre elas traços do sangue de Guy descobertos na casa de Hilder, em Southsea, sul da Inglaterra, que resultaram na condenação do réu, de 47 anos. No dia 30 de julho, Hilder foi sentenciado à prisão perpétua e deve cumprir pelo menos 12 anos antes de pedir condicional. Fonte: Associated Press.

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