Argelinos vão a almoço em protesto contra Ramadã
O protesto foi organizado contra a decisão das forças de segurança de repreender três jovens que estavam comendo na rua na semana passada na região de Kabylie durante o período de jejum diário de 18 horas.
"Nós convocamos esse encontro para denunciar a inquisição e perseguição de cidadãos que, por causa de suas crenças, se recusaram a cumprir o jejum", esclareceu Bouaziz Ait Chebib, diretor do Movimento Autonomia de Kabylie.
Os berberes de Kabylie são conhecidos por sua visão mais secular que a maioria árabe da Argélia e por terem uma relação historicamente tensa com o governo argelino. Nos últimos anos, moradores da região que se recusaram a cumprir o jejum do Ramadã enfrentaram a acusação de "agir contra o Islã."
O almoço público realizado em Tizi-Ouzou, cerca de 100 quilômetros distante de Argel, não foi contestado nem pelas autoridades nem pelos muçulmanos da região.