Strauss-Kahn será julgado por exploração da prostituição
Strauss-Kahn foi acusado no ano passado por "promoção agravada da prostituição como parte de um grupo organizado". O caso é baseado em acusações de que líderes empresariais e oficiais da polícia forneciam prostitutas para festas sexuais em Lille, algumas das quais teriam acontecido no hotel Carlton.
Em junho, os promotores pediram que as acusações contra Strauss-Kahn, de 64 anos, fossem retiradas, afirmando que não havia provas suficientes para continuar o caso.
Mas em comunicado divulgado nesta sexta-feira, o escritório da promotoria de Lille disse que magistrados investigativos ordenaram que Strauss-Kahn e outros réus sejam julgados, embora pela acusação menos grave de "exploração agravada da prostituição como parte de um grupo". Outra pessoa será acusada de cumplicidade para fraude, informou a promotoria.
Não estava claro se os promotores apelariam da decisão para avançar com o julgamento. No sistema legal francês, juízes investigativos podem anular recomendações de promotores e forçá-los a levar suspeitos a julgamento.
Um dos advogados de Strauss-Kahn, Richard Malka, condenou a decisão de seguir com o julgamento como uma "implacável" campanha judicial contra seu cliente. Ele disse que a equipe de advogados de Strauss-Kahn vai usar o julgamento "para denunciar o absurdo, a anormalidade desta acusação de exploração agravada da prostituição".
Comunicado emitido pelos advogados diz que Strauss-Kahn esperava que o caso fosse levado aos tribunais e que ele vai apelar perante a corte.
Strauss-Kahn, que antes dos vários escândalos sexuais nos quais se envolveu era considerado um dos principais candidatos à presidência da França, admitiu ter participado de festas regadas a sexo na França e nos Estados Unidos, mas disse que não sabia que algumas das mulheres haviam sido pagas.
Em dezembro, Strauss-Kahn concordou em pagar uma indenização a Nafissatou Diallo, camareira de um hotel de Nova York cuja acusação de abuso sexual, feita em 2011, obrigou o francês a sair do FMI e arruinou suas chances de se tornar presidente da França. O valor da indenização não foi divulgado.
Na França, não é crime pagar por sexo, mas é contra a lei usar os serviços ou ter serviços ligados à prostituição. Fonte: Dow Jones Newswires e Associated Press.