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Ministro das Finanças de Portugal renuncia ao cargo

08:34 | 02/07/2013
Principal arquiteto da política de austeridade do governo português encaminhou sua renúncia, já aceita pelo primeiro-ministro. Secretária de Estado do Tesouro, Maria Luís Albuquerque, assumirá as Finanças. O ministro das Finanças de Portugal, Vítor Gaspar, apresentou nesta terça-feira (02/07) a sua renúncia ao cargo, já aceita pelo primeiro-ministro Pedro Passos Coelho. Gaspar, que é considerado o arquiteto da política de austeridade no país, não quis revelar os motivos que o levaram a abandonar o cargo. O governo português anunciou a secretária de Estado do Tesouro, Maria Luís Albuquerque, como a nova titular das Finanças. Gaspar, de 52 anos, foi durante muito tempo o "homem forte" do governo português. No combate à crise da dívida, ele implementou uma série de medidas de austeridade e aumentos de impostos, tornando-se o ministro mais impopular do governo. A oposição já havia pedido várias vezes para que ele deixasse o cargo. Os sindicatos realizaram quatro greves gerais em dois anos, como forma de protesto contra a sua política de austeridade. A mudança na direção do Ministério das Finanças ocorre num momento em que Portugal está prestes a anunciar novas medidas de austeridade, para cumprir com as exigências de seus credores internacionais (União Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional). Albuquerque, de 42 anos, é pouco conhecida da população portuguesa. A indicação dela surpreendeu a imprensa local, que apostava na nomeação do ministro da Saúde, Paulo Macedo. O comissário europeu para Assuntos Econômicos, Olli Rehn, elogiou o "valioso trabalho" realizado por Gaspar e ressaltou que o ex-ministro ajudou "a assegurar a adoção de muitas medidas difíceis, mas necessárias para restaurar a confiança na sustentabilidade das finanças públicas" em Portugal. Sobre a nova ministra, o comissário analisa que ela tem sido uma figura-chave no Ministério das Finanças português durante estes anos difíceis. Rehn afirmou não ter qualquer dúvida de que a nova ministra das Finanças assegurará uma transição sem sobressaltos. RC/dpa/lusa

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