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Mais de 7 milhões de dólares são necessários para salvar lêmures

O plano é "uma estratégia de três anos para a conservação dos animais, em resposta às diferentes ameaças sofridas por eles

17:44 | 31/07/2013
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Uma ONG americana apresentou nesta quarta-feira, 31, em Antananarivo, na ilha de Madagascar, um plano para tentar salvar 93 das 105 espécies de lêmures ameaçadas de extinção, numa operação que necessita de 7,6 milhões de dólares para ser colocada em prática.

O plano é "uma estratégia de três anos para a conservação dos lêmures de Madagascar, em resposta às diferentes ameaças sofridas por estes animais (...). O orçamento total chega a 7,6 milhões de dólares para os próximos três anos", indica um comunicado de Conservação Internacional.

Segundo a ONG, das 105 espécies conhecidas de lêmures de Madagascar, "24 já são consideradas 'em situação crítica de risco', 49 estão 'em vias de desaparecimento' e 20 são 'vulneráveis', em razão do desmatamento, das mudanças climáticas e, sobretudo, da caça ilegal desses animais, que são os vertebrados mais ameaçados do mundo.

"Aqui lêmures são mortos todos os dias, a caça é o maior problema", explicou o pesquisador Russel Mittermeier, presidente da ONG, em coletiva de imprensa.

O plano apresentado nesta quarta-feira prevê a proteção do habitat natural dos lêmures, melhorias nos meios de subsistência da população rural da ilha, o desenvolvimento do ecoturismo e a luta contra o consumo de carne de caça. O programa inclui também uma contribuição importante das comunidades locais e uma sensibilização ambiental por parte das autoridades de Madagascar.

"O Estado não pode contribuir financeiramente para o plano, mas o importante é que se aproprie dele e ajude em outras esferas", afirmou Claudine Ramiarison, diretora-geral de pesquisa e parcerias do Ministério da Educação de Madagascar.

A ilha faz parte dos 35 grandes polos mundiais de biodiversidade e abriga 105 espécies de lêmures locais. Considerado um dos principais símbolos do país, ele estampa os passaportes, assim como o zebu e o camaleão.
AFP

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