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Mais de 50 mortos em nova onda de violência no Iraque

09:27 | 22/07/2013

BAGDã, 22 Jul 2013 (AFP) - Ao menos 53 pessoas morreram nesta segunda-feira no Iraque na explosão de um carro-bomba e em ataques contra prisões, que terminaram com a fuga de 500 detentos, indicaram fontes médicas e oficiais.

Os ataques contra as prisões de Taji, no norte de Bagdá, e Abu Ghraib, no oeste da capital, nos quais homens armados tentaram libertar vários prisioneiros, deixaram ao menos 41 mortos e 25 feridos.

Vinte policiais, soldados ou guardas de prisões perderam a vida, assim como 21 presos nos confrontos noturnos que duraram mais de 10 horas, segundo fontes policiais e médicas.

Ainda não se sabe o número de atacantes mortos ou capturados, mas dois hospitais da cidade informaram ter recebido os corpos de dez deles.

Ao menos 500 detidos fugiram das duas prisões atacadas, afirmaram nesta segunda-feira dois deputados membros da Comissão de Segurança e de Defesa do Parlamento.

Hakim al-Zamili declarou à AFP que cerca de 500 prisioneiros terroristas fugiram da prisão de Abu Ghraib, a oeste de Bagdá. Já Shuan Taha declarou ao site do partido curdo PUK que "entre 500 e 1.000 presos" conseguiram escapar das prisões de Taji e de Abu Ghraib.

Segundo comentários no Twitter, alguns feitos por jihadistas, milhares de prisioneiros conseguiram escapar.

Moradores de Falujah, no oeste de Bagdá, disseram à AFP que alguns parentes conseguiram fugir e tentavam permanecer a salvo.

Os ataques coordenados começaram às 21h30 de domingo, com disparos de morteiros e explosões de carros-bomba e de vários artefatos, segundo um coronel da polícia.

Dois carros-bomba explodiram perto da entrada das prisões, enquanto três suicidas detonaram seus explosivos em uma entrada de Taji, explicou o coronel.

O exército interveio com helicópteros e enviou reforços que isolaram os centros penitenciários.

Segundo a polícia e médicos de dois hospitais, ao menos nove membros das forças de segurança morreram em Taji e 11 em Abu Ghraib, prisão tristemente famosa pelos abusos realizados por soldados americanos contra detidos iraquianos em 2004.

Na manhã desta segunda-feira, a situação nas prisões estava sob controle, disse o coronel.

O ministério do Interior havia indicado que as forças de segurança conseguiram repelir os ataques, obra, segundo ele, de terroristas.

O principal grupo da Al-Qaeda no Iraque exige com frequência a libertação dos prisioneiros muçulmanos e defende a eliminação de juízes e promotores, em um país onde são frequentes os ataques contra prisões e as tentativas de fuga.

Já em Mosul, outras 12 pessoas, em sua maioria soldados, morreram quando um

suicida atacou com um carro-bomba um comboio militar no leste desta cidade do norte do Iraque, indicou o capitão do exército, Awus al-Hamdani, e um médico.

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