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Jurada do caso Zimmerman fala sobre veredicto

11:40 | 16/07/2013
Uma das seis mulheres que formaram o júri que decidiu pela absolvição de George Zimmerman pela morte do adolescente negro Trayvon Martin, disse na segunda-feira que a decisão foi tomada após o grupo examinar a lei. Ela disse a Anderson Cooper, da CNN, que inicialmente três das juradas eram favoráveis a condená-lo por assassinato em segundo grau ou homicídio culposo (involuntário).

Zimmerman, ex-guarda comunitário voluntário, foi acusado pelo assassinato do adolescente de 17 anos no ano passado. A mulher, cujo nome não foi divulgado e foi identificada como jurada B37, disse que quando o júri iniciou suas deliberações, na sexta-feira, três juradas, incluindo ela mesma, eram favoráveis à absolvição, duas achavam que fora um homicídio culposo e uma defendia a condenação por assassinato em segundo grau.

A jurada disse que o grupo passou então a analisar todas a provas e a ouvir gravações várias vezes. "É por isso que levou tanto tempo", afirmou B37.

Quando passaram a analisar a lei, a pessoa que inicialmente queria a condenação por assassinato em segundo grau mudou seu voto para homicídio culposo. As juradas pediram então esclarecimentos ao juiz e analisaram as provas mais algumas vezes. Segundo B37, algumas integrantes do júri queriam condenar Zimmerman por algum crime, mas não havia como fazer isso tendo como base a lei.

Ela afirmou que as juradas choraram quando entregaram seu voto final ao oficial de Justiça. "Eu quero que as pessoas saibam que analisamos a questão de todas as formas para chegarmos a este veredicto", disse ela, cuja imagem do rosto foi desfocada durante a entrevista à televisão.

A entrevista aconteceu dois dias depois de o júri ter absolvido Zimmerman pela morte, a tiros de Matin, numa comunidade de Sanford, Flórida, onde o adolescente visitava familiares em fevereiro de 2012.

Demonstrações de irritação com a absolvição de Zimmerman continuaram a ser registradas na segunda-feira. Líderes civis disseram que os protestos, em sua maioria pacíficos, vão continuar com vigílias e manifestações em 100 cidades no sábado, em frente a prédios federais. Fonte: Associated Press.

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