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Bo Xilai é formalmente acusado por corrupção, abuso de poder e suborno

09:22 | 25/07/2013
Analistas acreditam que a antiga estrela do Partido Comunista não será condenado à pena de morte, mas vai passar ao menos 15 anos na prisão. Julgamento ainda não está marcado. O ex-secretário do Partido Comunista da China no município de Chongqing, Bo Xilai, foi formalmente acusado por corrupção, abuso de poder e aceitação de suborno, informou a agência de notícias chinesa Xinhua nesta quinta-feira (25/07). De acordo com a acusação, além de se aproveitar das vantagens de sua função para beneficiar outras pessoas, o político de 64 anos aceitou grande quantia de dinheiro e propriedades. A acusação foi feita por um tribunal de Jinan, capital da província de Shandong. O ex-político foi expulso do Partido Comunista após as denúncias e não apareceu mais em público nos últimos 17 meses. Trata-se do maior escândalo político nos últimos 30 anos do regime comunista. Bo Xilai ainda é acusado de ter acobertado o assassinato do empresário inglês Neil Hayward, que teria sido cometido por sua mulher, Gu Kailai. Ela foi condenada à pena de morte suspensa em agosto do ano passado, após confessar o crime durante o seu julgamento. O braço direito de Bo, Wang Lijun, foi condenado, também em setembro do ano passado, a 15 anos de prisão por ter encoberto o assassinato. Antes de perder o seu poder, Bo Xilai era considerado uma celebridade no mundo político. O seu "estilo Chongqing", que combatia o crime organizado e privilegiava uma política econômica igualitária, atraiu parte da esquerda do Partido Comunista, descontente com os rumos do partido. A agência de notícia Xinhua não informou quando exatamente o julgamento vai acontecer, mas de acordo com as leis chinesas, o réu e os advogados devem ser informados pelo menos dez dias antes do início do julgamento. Alguns analistas do caso acreditam que o réu dificilmente será condenado à morte. Eles afirmam que o tribunal vai suspender a pena de morte, substituindo-a pela prisão perpétua, que pode acabar sendo reduzida para uma pena de 15 a 20 anos de prisão. Para o especialista em direito chinês Jerome Cohen, "seria muito controverso eles o executarem, pois seria incoerente com os esforços de Xi Jinping em ajudar as pessoas a avançar, a uni-las e acalmar as coisas". AC/dw/rtr

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