PEQUIM, Beijing Shi, 25 Jul 2013 (AFP) - O ex-dirigente chinês Bo Xilai foi acusado formalmente de corrupção - ativa e passiva - e abuso de poder, informou nesta quinta-feira a agência oficial de notícias Nova China.

Ex-responsável do Partido Comunista na metrópole de Chongqing, no sul da China, Bo Xilai está no centro de um dos maiores escândalos políticos do país.

Bo não é visto em público há mais de um ano.

"As acusações foram formuladas" em um tribunal de Jinan, província de Shandong (leste), precisou a Nova China, citando promotores da cidade.

A queda de Bo, então um dos 25 membros do poderoso Bureau Político do Partido Comunista chinês, expôs o poder das alegações de corrupção, mesmo contra o máximo nível da hierarquia chinesa, e revelou as fortes divisões internas.

O escândalo, ocorrido pouco antes da transição que conduziu Xi Jinping à direção do Partido, em novembro passado, revelou a influência do ex-patrão de Chongqing, cidade de 33 milhões de habitantes, onde havia liderado um amplo movimento de repressão contra seus opositores.

A queda de Bo foi precipitada pela derrocada de seu braço direito, o então super-policial Wang Lijun.

Caído em desgraça diante de seu patrão, Wang pediu asilo político, em fevereiro de 2012, ao Consulado dos Estados Unidos em Chengdu, e expôs os crimes que ocorriam em Chongqing, incluindo o assassinato de um empresário britânico por Gu Kailai, mulher de Bo.

Wang Lijun foi condenado a 15 anos de prisão e Gu Kailai, à pena de morte sob sursis.