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Asiana defende piloto do Boeing 777 que sofreu acidente em São Francisco

10:17 | 09/07/2013

SEUL, 09 Jul 2013 (AFP) - O presidente da Asiana Airlines voltou a defender nesta terça-feira a reputação da companhia e dos funcionários ao afirmar que o piloto do Boeing 777-200 que sofreu um acidente no sábado em São Francisco, assim como seu instrutor, eram "muito experientes e competentes".

Yoon Young-Doo declarou "sentir uma imensa responsabilidade pelas vítimas do acidente" durante uma entrevista coletiva em Seul, antes de viajar a São Francisco, onde se reunirá com autoridades da aviação civil americana.

Sem chegar a admitir deficiências, Yoon Young-Doo se comprometeu a melhorar a formação dos pilotos nos pousos, nos simuladores.

Pouco antes, no entanto, a empresa informou que o instrutor responsável pela formação do piloto do 777, cujo acidente provocou duas mortes, acabara de obter a licença.

Lee Jung-Min, piloto com grande experiência, recebeu a licença de instrutor apenas um mês antes do acidente, de acordo com a Asiana.

Ele era o responsável pela formação do colega Lee Kang-Kuk, que no sábado tentou seu primeiro pouso em São Francisco com uma aeronave do tipo.

"Não é anormal. Todos os instrutores passam pelo primeiro dia como instrutores", argumentou um porta-voz da Asiana.

O instrutor tem milhares de horas de voo, incluindo 3.000 pilotando aviões Boeing 777, segundo a fonte.

Os investigadores começaram a interrogar na segunda-feira quatro pilotos, no momento em que uma série de elementos parecem sustentar a hipótese de falha humana.

As autoridades sul-coreanas revelaram que o piloto do avião, Lee Kang-Kuk, de 46 anos, tinha apenas 43 horas de voo em um Boeing 777-200, uma das maiores aeronaves do mundo.

Na segunda-feira, o presidente da empresa afirmou que considerava "intoleráveis" as informações da imprensa sobre a falta de experiência do piloto como possível causa do acidente.

"Era sua primeira experiência operacional em um 777", declarou Deborah Hersman, diretora da Agência Nacional de Segurança dos Transportes (NTSB) dos Estados Unidos, que investiga o caso.

Segundo ela, o avião se aproximou da pista de pouso a uma velocidade muito baixa.

A gravação das conversas na cabine mostra que a tripulação tentou acelerar e pediu permissão à torre de controle para evitar a aterrissagem e recuperar altitude, mas a tentativa aconteceu quando já era tarde.

Hersman considerou que é muito cedo na investigação para estabelecer de maneira formal o erro do piloto e descartar qualquer outra hipótese.

Duas adolescentes chinesas morreram no acidente e 182 pessoas ficaram feridas, algumas delas gravemente.

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