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Violência cresce em área chinesa de minoria uighur

12:12 | 29/06/2013
Incidentes violentos vêm acontecendo desde a semana passada na região de Xinjiang, oeste da China, dias antes do quarto aniversário de um sangrento confronto entre a minoria uighur e a maioria han, que deixou quase 200 mortos e resultou em uma grande operação de segurança.

Autoridades chinesas consideraram os incidentes, dentre eles um que acabou com 35 pessoas mortas, como ataques terroristas. O presidente Xi Jinping ordenou que a situação seja prontamente resolvida para assegurar a estabilidade social, informou a mídia estatal. Um jornal do governo disse neste sábado, 29, que as autoridades intensificaram a segurança na região.

Os episódios de violência mais recentes aconteceram na sexta-feira, 28, na região de Hotan. Em um dos incidentes, mais de 100 pessoas em motocicletas e armadas com facas tentaram invadir uma delegacia de polícia no condado de Karakax, informou o Global Times. Em outro episódio, um grupo armado realizou um ataque na cidade de Hanairike, segundo o portal de notícias do governo regional de Xinjiang, sem dizer que tipo de arma o grupo usava.

A agência estatal de notícias Xinhua informou a ocorrência de um "ataque violento" na tarde de sexta-feira em um calçadão do centro da cidade de Hotan. Não houve vítimas dos dois ataques que, segundo a agência, foram rapidamente controlados. O novo portal de notícias do governo, o Tianshan Net, informou que não houve vítimas em Hanairike.

O ativista uigur exilado Dilxat Raxit, porta-voz do Congresso Mundial Uighur, sediado na Alemanha, contestou as informações, dizendo que houve vários protestos na área de Hotan contra o que os uighures chamam de políticas repressivas em Xinjiang. Segundo ele, 48 pessoas foram detidas.

"Trata-se de uma crise de sobrevivência", disse Dilxat Raxit, que pediu o envio de observadores internacionais para a região para ajudar a conter o que ele chamou de violência excessiva contra os uighures.

Xinjiang abriga uma grande população da minoria muçulmana uighur, numa região que faz fronteira com a Ásia central, Afeganistão e Paquistão, e tem sido palco de numerosos atos violentos nos últimos anos. Fonte: Associated Press.

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