Petróleo fecha em forte alta em Nova York a 93,45 dólares
Os preços dos contratos futuros de petróleo fecharam com forte alta nesta segunda-feira em Nova York, impulsionados por uma queda do dólar, que favorece as compras de petróleo norte-americano, em um mercado que aguarda o rumo das políticas monetárias do Federal Reserve (banco central dos EUA).
O barril de "light sweet crude" (WTI) com entrega em julho subiu 1,48 dólar a 93,45 dólares no New York Mercantile Exchange (Nymex).
Em Londres, o barril de Brent do Mar do Norte com entrega em julho fechou a 102,06 dólares no Intercontinental Exchange (ICE), uma alta de 1,67 dólar em relação ao fechamento de sexta-feira.
O petróleo disparou neste começo do mês, após ter encerrado maio com forte queda que o levou a cair abaixo do nível de 92 dólares por barril pela primeira vez em quatro semanas.
"O mercado estava muito vendido e era esperada uma correção técnica à alta", disse Bob Yawger, da Mizuho Securities.
"Apesar dos dados econômicos publicados terem sido mais frágeis, o bom desempenho das bolsas, em especial do índice Dow Jones, ajudou o mercado", explicou.
A atividade industrial nos Estados Unidos se contraiu em maio pela primeira vez desde novembro, segundo o índice publicado pela associação ISM.
O índice do setor caiu 1,7 ponto em relação a abril, se situando em 49, quando a previsão média dos analistas o estimava em leve alta, a 50,9. Índices abaixo de 50 indicam contração.
No entanto, os gastos com construção subiram levemente em abril, com um crescimento anual de 0,4% em termos corrigidos de variações sazonais em relação a março, muito abaixo da média das previsões dos analistas de uma alta de 1,1%.
Esses dados empurraram o dólar a queda frente às principais divisas o que fez o mercado das matérias-primas se recuperar, especialmente o petróleo, os metais e os cereais, afirmou Rich Ilczyszyn, da iiTrader.com.
Quanto à oferta, o mercado está "atento à possibilidade de que se forme uma tormenta tropical no Golfo de México nos próximos dias", o que poderia afetar o fornecimento na região, acrescentou Ilczyszyn.
AFP